Em ano de pandemia e crise econômica, a Cooperativa Central Aurora Alimentos e suas 11 cooperativas filiadas, que formam juntas o Sistema Aurora, obtiveram recordes históricos em produção e em resultados, informou a empresa na quinta-feira (11). O Sistema Aurora anunciou receita operacional bruta no ano passado de R$ 31,6 bilhões.
Considerando somente a cooperativa central, os resultados econômicos foram inéditos. A receita operacional bruta obtida em 2020 foi de R$ 14,6 bilhões, um faturamento 33% superior ao exercício de 2019 (R$ 10,9 bilhões). O mercado interno respondeu por 64,9% dessas receitas e as exportações, 35,1%. Em volumes, o mercado doméstico absorveu 70% da produção e, as exportações, 30%.
Os resultados de 2020 foram apresentados nesta semana pelo presidente da Aurora, Neivor Canton, pelo vice-presidente Marcos Antônio Zordan e pelo diretor comercial Leomar Luiz Somensi.
“O desempenho das exportações da Aurora foi excepcional, com crescimento de 61,8% em receitas e 23% em volumes”, disseram os dirigentes da cooperativa central em nota. A China, sozinha, ficou com 40% das vendas externas totais da empresa, que exporta para mais de 60 países.
A Aurora responde por 17,5% das exportações de carnes suínas do Brasil e por 6,6% das exportações de frango. No exercício anterior, essa participação era, respectivamente, de 16,8% e 6,4%.
No segmento de suínos, a cooperativa ampliou o abate de 22,4 mil para 25,1 mil suínos/dia nas sete plantas da Aurora, um incremento de 11,78%. No ano, o aumento foi de 13,5% no abate total de suínos, totalizando quase 6,1 milhões de cabeças.
A produção in natura de carne suína deu um salto de 72,9% e atingiu 774,8 mil toneladas. A industrialização expandiu 4,3%, para 381,07 mil toneladas.
A cooperativa central exportou 192 mil toneladas de carne suína – 57% mais que em 2019 – para 36 países, tendo como principais destinos a China, Hong Kong, Estados Unidos, Chile e Japão.
No segmento aves, o incremento no abate foi de 2,5%, permitindo elevar a capacidade de 980 mil para 1,004 milhão de aves abatidas por dia nas sete indústrias avícolas. No ano, o abate global foi de 246,8 milhões de frangos, um aumento de 1,96% em relação a 2019.
A cooperativa central possui sete plantas frigoríficas de suínos, sete indústrias avícolas e uma planta de lácteos.
O abate industrial gerou 568 mil toneladas de carnes de aves, das quais 261 mil toneladas destinaram-se ao mercado externo, alta de 6% sobe 2019. A produção in natura de carnes de aves fechou o ano em 509,2 mil toneladas (+4%) e a industrialização atingiu 58,8 mil toneladas (+5,1%).
A Aurora Alimentos possui um mix com mais de 800 itens em produtos à base de carnes, leite, massas e vegetais.
Para atender às demandas de aumento da produção, o quadro de recursos humanos foi ampliado em 16%, fechando o ano com 35,2 mil empregados diretos – ou seja, foram criados quase 5 mil novos postos de trabalho.
A prioridade que orientou a política de reação à covid-19 foi a proteção da saúde dos trabalhadores contra o novo coronavírus. Para honrar esse compromisso, a Aurora desembolsou – em despesas exclusivamente decorrentes da pandemia – R$ 100,5 milhões em 2020.
Segundo os dirigentes, o grande desafio do ano da pandemia foi manter a qualquer custo a produção de alimentos por se tratar de setor essencial. Para a otimização das plantas industriais iniciou-se, em 2020, a jornada de trabalho de segunda a sábado, o que permitiu ampliar o volume de abate e processamento de suínos e aves.
“Na condição de terceiro maior grupo da indústria brasileira da proteína animal, a Aurora foi uma das primeiras empresas que intensificou as medidas protetivas, atendeu as orientações das autoridades sanitárias e adotou todas as providências para assegurar a saúde, a segurança e o bem-estar de seus mais de 35 mil empregados diretos, além do universo de parceiros e terceirizados.” (CarneTec)