Bruna Giacon é graduanda em agronomia e estagiária na Agrifatto
As exportações de carne bovina in natura brasileira iniciaram o mês de fevereiro com ritmo bastante lento. Foram enviados para fora do país durante os cinco primeiros dias de fevereiro 23,55 mil toneladas de proteína bovina, firmando uma média diária de 4,71 mil toneladas/dia, quantidade essa 12,12% inferior a janeiro/21. Além disso, o volume médio diário sofreu um recuo de 23,32% quando comparado ao mesmo período no ano passado (6,14 mil toneladas/dia).
A receita se manteve praticamente estável. O valor total do período foi de US$ 106,56 milhões, com preço pago pela tonelada sendo US$ 4,52 mil/t, um pequeno reajuste positivo de 0,31% quando comparado ao mês anterior. Já quando comparado a fevereiro/20, houve um avanço de 2,17%. Caso o desempenho diário se mantenha como o observado neste início de mês, é possível que sejam enviadas menos de 100 mil toneladas até o final deste mês.
As exportações de milho na primeira semana de fevereiro/21 apresentaram recuo. Foi embarcado para fora do país um total de 317,78 mil toneladas do grão, representando mais que o dobro do total exportado no mesmo período o ano passado (141,4 mil toneladas em fevereiro/20), 55,5% a mais. Porém, média diária foi de 63,55 mil toneladas/dia, sofrendo um decréscimo de de 50,1% perante a semana passada.
A receita total arrecadada com as exportações do cereal até o momento foram de US$ 61,54 milhões, e a média diária foi de US$ 12,3 milhões, 51,2% inferior a quarta semana de janeiro/21. Devido ao avanço da colheita e consequentemente um aumento na oferta do cereal, o milho encerrou a semana cotado a US$ 193,7/tonelada, sofrendo ajuste negativo de 2,17% com relação à semana anterior.
Com uma oferta bastante escassa devido ao atraso da colheita da soja, dificultando o embarque, para o mês de fevereiro/21 ainda não foram realizadas exportações da oleaginosa. Com os chineses ávidos para negociações, assim que o país atingir um contingente, as movimentações podem dar início.