O Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação (AFCD, na sigla em inglês) de Hong Kong confirmou na semana passada o primeiro caso local de peste suína africana em uma década, informou o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na região administrativa.
O vírus foi detectado em seis animais de uma granja de Hong Kong e o AFCD ordenou o abate sanitário dos 240 suínos que compartilhavam o mesmo galpão que os animais infectados. Além disso, proibiu a comercialização e a movimentação de suínos desta e de outras três granjas que ficam num raio de 3 quilômetros da granja infectada, disse o adido.
Amostras retiradas de animais dessas granjas não apresentaram nenhuma anormalidade, afirmou o adido, acrescentando que o AFCD se comprometeu a aumentar as inspeções em todas as granjas de Hong Kong e rastrear a origem do vírus.
De acordo com o adido, a notícia não teve impacto perceptível na confiança dos consumidores na segurança da carne suína. A oferta de animais vivos de outras granjas e da China não foi afetada e o maior abatedouro local opera normalmente. Atualmente, há cerca de 43 granjas de suínos em Hong Kong, que são responsáveis por 15% da oferta de animais vivos na região administrativa.
Em maio de 2019, Hong Kong detectou dois casos de peste suína africana no maior abatedouro local. Ambos os animais tinham sido importados da China. Isso resultou no abate sanitário de 10 mil suínos. Desde então, o governo de Hong Kong não permite que animais vivos permaneçam no abatedouro por mais de 24 horas. A medida tem como objetivo possibilitar uma limpeza profunda e desinfecção diariamente, permitindo que o local continue operando normalmente caso a doença seja detectada. (Estadão)