O Estado de São Paulo deve colher 2,1% mais soja na safra 2020/21 em relação aos 3,8 milhões de toneladas da safra anterior, alcançando, no atual ciclo, 3,91 milhões de toneladas. A projeção foi divulgada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento paulista, com base em levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), realizado em novembro de 2020. O algodão também teve resultados positivos, com aumento de 1,8%, para 39,9 mil toneladas. O destaque negativo está no milho, com queda de 1,9%, para 2,23 milhões de toneladas, e no café, cuja colheita deve ser 29% menor, a 269,5 mil toneladas.
No caso do algodão, segundo o boletim do IEA-Apta, a cultura tem apresentado ganhos sucessivos de área plantada nos últimos anos e, para a presente safra, aponta para um crescimento de 1,5% no espaço ocupado pela cultura, passando de aproximadamente 12,2 mil para 12,4 mil hectares. Entretanto, a expressiva queda na área plantada na EDR Avaré, de cerca de 14,3%, levou à quase estabilidade da expansão da cultura no Estado e também na previsão de colheita.
Já a produção de milho não deve ser afetada pelo período de estiagem em outubro passado, em virtude das chuvas que vieram neste ano, na avaliação do instituto. Assim, a projeção do IEA é de que haja leve prejuízo à produção, que deve alcançar os 2,23 milhões de toneladas, leve queda de 1,9%.
A soja, por sua vez, apresenta o 12º ano consecutivo de expansão de área no Estado em 2020, “reafirmando o grande interesse do agricultor pela oleaginosa, produto de mercado estável, boa rentabilidade e que está com preços de 80 a 100% superiores aos praticados no ano passado”.
O café ainda suscita incertezas, pois deve haver redução de safra em decorrência da estiagem e das altas temperatura em momentos sensíveis da cultura. Os EDRs de Franca e Marília projetam declínio frente à safra anterior, 48,4% e 37,6%, respectivamente. (AE)