As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira, 29, em meio a preocupações com movimentos especulativos em Wall Street, o avanço de casos do novo coronavírus pelo mundo e o tamanho de novos estímulos fiscais nos EUA.
O índice acionário sul-coreano Kospi liderou as perdas na Ásia hoje, com queda de 3,03% em Seul, a 2.976,21 pontos. Foi a maior retração do Kospi num único pregão em cinco meses. Em outras partes da região, o japonês Nikkei caiu 1,89% em Tóquio, a 27.663,39 pontos, o Hang Seng recuou 0,94% em Hong Kong, a 28.283,71 pontos, e o Taiex registrou perda de 1,80% em Taiwan, a 15.138,31 pontos.
Na quinta-feira, as bolsas de Nova York tiveram ganhos de 0,50% a 1%, revertendo parte das perdas de mais 2% da véspera. Recentes ataques especulativos em Wall Street, no entanto, vêm gerando volatilidade e alimentando aversão a risco em outros mercados financeiros.
Além disso, há dúvidas sobre a capacidade do presidente dos EUA, Joe Biden, de conseguir aprovar no Congresso americano sua proposta de US$ 1,9 trilhão em incentivos fiscais, após rumores de que o pacote poderia ser dividido em duas partes.
Investidores na Ásia também monitoram a evolução global dos casos de covid-19, que ultrapassaram a marca de 101 milhões, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, assim como atrasos nos esforços de vacinação contra a doença.
Na China continental, o Xangai Composto encerrou os negócios de hoje em baixa de 0,63%, a 3.483,07 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,75%, a 2.335,05 pontos, pressionados também por condições de liquidez mais restritas.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou igualmente no vermelho, influenciada principalmente por ações de bancos, mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,64% em Sydney, a 6.607,40 pontos. (Estadão com informações da Dow Jones Newswires).