O Estado de São Paulo registrou recorde anual de cobertura vacinal contra a brucelose, com 95,71% das fêmeas bovinas e bubalinas, com idade entre 3 a 8 meses, vacinadas em 2020. O desempenho supera o índice do ano anterior que foi de 95,27%. Os dados são do sistema informatizado Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento vinculado à Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
A vacinação contra a brucelose é obrigatória no Estado desde 2002 e é feita uma única vez na vida das fêmeas bovinas ou bubalinas, com idade entre 3 a 8 meses. A declaração no sistema deve ser feita a cada semestre.
A secretaria informa que a brucelose é uma doença que acomete os animais e o homem. Ela é infecto-contagiosa causada pela bactéria Brucella abortus. Nos bovinos pode causar aborto; nascimento de bezerros fracos; retenção de placenta; repetição de cio e descargas uterinas com grande eliminação da bactéria, além de inflamação nos testículos.
Antígenos – O Instituto Biológico (IB) aumentou a produção de imunobiológicos, antígenos utilizados para diagnóstico de brucelose e tuberculose em animais. Em 2020, o Instituto produziu 5.484.430 doses de imunobiológicos, um aumento de 20% em relação a produção de 2019. O IB é a única instituição brasileira autorizada a produzir este insumo no Brasil.
“O recorde na vacinação de brucelose e no uso de antígenos para o diagnóstico de doenças importantes mostra que o produtor e o setor estão atentos e que não se descuidaram durante a pandemia”, afirma o veterinário do IB, Ricardo Spacagna Jordão. Ele explica que a diferença entre os imunobiológicos usados para diagnósticos e a vacina está em que para diagnóstico é usado um produto com bactéria morta e a vacina, no caso da brucelose, com bactéria viva.
Na relação abaixo estão o quantitativo de fêmeas bovídeas com idade entre 3 a 8 meses existentes no segundo semestre de 2020 do Estado de São Paulo; o número de animais vacinados; e o índice de imunização em cada regional de Defesa Agropecuária (EDA). (AE)