Os democratas venceram uma das disputas por uma cadeira no Senado dos Estados Unidos pela Geórgia e lideram a apuração na segunda nesta quarta-feira, se aproximando de uma mudança de controle no Senado do país que impulsionaria as políticas do presidente eleito Joe Biden.
Raphael Warnock, um pastor batista da histórica igreja de Martin Luther King Jr., derrotou a atual senadora republicana Kelly Loeffler para se tornar o primeiro senador negro da Geórgia, um Estado do sul dos EUA. Jon Ossoff, um documentarista que, se vencer, se tornará o membro mais jovem do Senado aos 33 anos, tem uma pequena vantagem sobre o também atual senador David Purdue. Um resultado final deve sair, na melhor das hipóteses, ainda nesta quarta-feira.
Os resultados apontam para um repúdio ao atual presidente Donald Trump em um Estado há décadas controlado pelos republicanos.
Trump fez campanha para os dois candidatos republicanos na Geórgia na segunda-feira. Mas seu apoio foi ofuscado pelos dois meses que ele passou tentando reverter sua própria derrota eleitoral na disputa presidencial no Estado, com acusações falsas de fraude, incluindo ataques a autoridades republicanas da Geórgia.
Também nesta quarta, o Congresso dos EUA se reunirá para certificar a derrota de Trump na eleição presidencial e alguns republicanos irão se opor à certificação e tentarão rejeitar a apuração de alguns Estados, embora não tenham quaisquer chances de sucesso.
Com 98% dos votos apurados, Warnock está à frente de Loeffler por 1,2 ponto percentual, cerca de 54 mil votos, de acordo com a Edinson Research. Ossoff lidera sobre Purdue por mais de 16 mil votos.
A vitória nas duas disputas dará aos democratas o controle do Senado, criando uma divisão de 50 a 50 na Casa e dando à vice-presidente eleita, Kamala Harris, o voto de desempate depois que ela e Biden tomarem posse no dia 20 de janeiro. Os democratas já tem uma pequena maioria na Câmara dos Deputados. (Reuters)