Gustavo Rezende Machado é trainee pela Agrifatto
Os preços pagos pela arroba seguem em alta, e o principal motivo ainda se dá pela baixa disponibilidade de animais terminados, causando um estreitamento das programações de abate e valores praticados acima da referência.
Nesse sentido, São Paulo exibe as escalas de abates mais curtas, em torno de 5 dias úteis, praticamente a mesma proporção também encontrada em Tocantins e Pará.
Mesmo Goiás, onde o confinamento é mais representativo, as escalas caíram quase 35%, com média de 5,5 dias, indicando que a presença de animais de cocho já está fortemente reduzida.
O movimento positivo das cotações, que já subiram quase 2% desde o início deste mês, deve continuar ainda durante dezembro, já que a oferta pode seguir restrita nesse período e o consumo interno oferecer melhor sustentação as cotações.
Em contrapartida, sazonalmente as exportações de carne caem entre dezembro e janeiro. Ainda, a recente restrição da Rússia à importação da carne bovina brasileira pode atenuar parte da sustentação de preços ocasionada pela forte expansão das exportações nos últimos meses.
Além disso, espera-se a partir de fevereiro, com a recuperação dos pastos pelos volumes de chuvas já mais frequentes na maior parte do território brasileiro, um aumento da oferta de animais terminados, amenizando a pressão altista e dando início à safra refletida nos preços.
Os valores da carne com osso no atacado subiram desde início de novembro, com possibilidade de o movimento continuar ainda em dezembro. A carcaça bovina registra alta de 3,06% e média em R$ 9,60/kg. O frango resfriado e a carcaça especial suína subiram respectivamente 0,95% e 0,73% para o mesmo período, com médias de R$ 3,80/kg e R$ 6,20/kg.