No comunicado oficial da reunião de cúpula encerrada hoje, o G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, reconhece que a reabertura das economias passada a primeira onda da covid-19 levou a uma recuperação da economia. Entretanto, o grupo também considera que a recuperação ainda carrega altos riscos, dado que uma segunda onda de infecções tem sido vista em diferentes regiões, levando a novas medidas de distanciamento social.
“Enquanto a economia global experimentou uma forte contração em 2020 devido ao impacto da pandemia da covid-19, a atividade econômica global se recuperou parcialmente com a reabertura de nossas economias e quanto o impacto de nossas significativas ações começou a se materializar”, afirma o texto, divulgado há pouco. “No entanto, a recuperação é desigual, altamente incerta e sujeita a elevados riscos, incluindo aqueles relacionados à renovada disseminação do vírus.”
Segundo o G20, apenas o controle total do novo coronavírus pode trazer uma recuperação efetiva da economia, sendo o “fator chave” para que ela se materialize. Ainda assim, o grupo afirma que está comprometido em “usar todas as ferramentas disponíveis pelo tempo que for necessário” para resguardar vidas, empregos e a renda da população de seus países, assim como a atividade econômica mundial.
Neste sentido, os países-membros afirmam no comunicado que seguem comprometidos em implementar a iniciativa de suspensão de dívidas (DSSI, na sigla em inglês), incluindo a extensão da medida até junho de 2021. Com a suspensão, os países elegíveis poderão suspender os pagamentos de dívida bilaterais no período.
Ainda na frente financeira, o G20 afirma que no momento da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, no ano que vem, os ministros de finanças do grupo avaliarão se uma nova extensão da suspensão de dívidas será necessária.
De acordo com o G20, até o dia 13 de novembro, 46 países pediram para se beneficiar do DSSI, sendo que o total diferido chegou a US$ 5,7 bilhões. Também para o reforço ao financiamento, o grupo afirma ter requisitado do FMI uma análise das necessidades de financiamento externo dos países. (AE)