Falta de negócios pressiona preços
Queda de braço entre frigoríficos e pecuaristas continua, preço do boi gordo começa a sentir desvalorização.
Milho
Em mais um dia de desvalorização do dólar, o preço do milho no mercado físico paulista obteve leve queda, voltando a ter como referência os R$ 80,50/sc. Na B3, o contrato para janeiro/21 fechou o dia com queda de 0,71%, ficando cotado a R$ 79,87/sc. Com a CBOT ainda firme, a pressão negativa que se desenrola sobre o mercado de milho brasileiro vem exclusivamente da desvalorização do dólar.
Em Chicago o dia foi de valorização para o milho. O contrato para mar/21 registrou alta de 0,59%, batendo os US$ 4,27/bu, o maior valor desde o dia 10/11/2020. A demanda externa firme e um aumento no posicionamento comprado dos fundos deram apoio para que o milho voltasse a circular próximo das máximas.
Boi gordo
Mantendo o ritmo observado, a terça-feira, 17, foi caracterizada pela baixa liquidez das negociações no mercado físico de boi gordo. Após as indústrias se afastarem das compras na última semana, os preços da arroba têm sofrido pressão baixista, que pode começar a desenhar uma onda de desvalorização nas cotações. Em São Paulo, negociações abaixo dos R$ 290,00/@ já começam a ser vistas.
Ambiente negativamente pressionado também é visto na B3, que encerrou o dia com ajustes nos principais contratos futuros de boi gordo. O novembro/20, contrato mais negociado do dia, desacelerou 0,72% na comparação diária, fechando a R$ 283,95/@. Já o dezembro/20, encerrou a R$ 278,20/@, baixa de 1,40% ante a véspera, menor valor desde 14/10.
Soja
Em mais um dia em que dólar e CBOT andaram em caminhos opostos, o preço da soja no mercado físico brasileiro apresentou um leve recuo nos valores de referência graças a uma pressão compradora das esmagadoras. O preço de compra para a soja brasileira voltou a ser negociada nos R$ 165,00/sc nos portos brasileiros.
Nos EUA, o vencimento para jan/21 anotou alta de 1,41% no comparativo diário, fechando o dia nos US$ 11,70/bu, o maior valor desde maio/18. A piora nas condições das lavouras de soja no Brasil aliado a firme demanda externa pela oleaginosa norte-americana tem movimentado o rally da soja nos EUA.
Agrifatto