Gustavo Machado Rezende é trainee pela Agrifatto

 

O fraco consumo de carne no atacado não tem permitido altas expressivas para as cotações do boi gordo. Por outro lado, a restrição de oferta pontual de animais terminados, o ritmo lento de novos negócios e, ainda, o desempenho firme das exportações brasileiras são importantes suportes aos valores praticados.

Desta forma, os preços seguem estáveis desde o início de novembro, com variação semanal do indicador ESALQ/BM&FBovespa de apenas 0,66%. A referência para São Paulo continua em torno de R$ 137,00/@ à vista e livre de Funrural.

São Paulo, Mato Grosso do Sul e os estados da região Norte exibem as escalas de abates mais estreitas, com programação média de 6 dias. Já os estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais têm maior disponibilidade de matéria prima e assim escalas em torno de 9 dias úteis.

No atacado os preços também registram estabilidade. A carcaça casada bovina está cotada, em média, em R$ 9,05/kg, enquanto o frango resfriado e a carcaça especial suína exibem respectivamente valores de R$ 6,15/kg e R$ 3,70/kg.

Por fim, destaca-se o movimento negativo de hoje para a maioria dos contratos futuros do boi gordo, com as cotações testando as mínimas e respeitando os suportes de preços. A variação é resultado de um movimento técnico combinado à lentidão do mercado físico, mas caso o consumo doméstico ganhe fôlego ainda esse mês, as cotações no mercado físico e futuro podem voltar a subir.

É importante destacar que as exportações, importante linha de escoamento da produção em 2017, tendem a reduzir no momento conforme avança a chegada do fim do ano, em um movimento sazonal.