O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a subir 3,51% em novembro com a pressão da inflação ao produtor, contra avanço de 3,20% no mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os dados mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 4,59% em novembro, de 4,06% no período anterior.
“As pressões que se acumulam nas matérias-primas brutas do índice ao produtor gradualmente chegam aos outros estágios de produção, cujas taxas em 12 meses dobraram de agosto para novembro: bens finais (8,17% para 16,83%) e bens intermediários (8,14% para 18,29%)”, disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
O grupo Matérias-Primas Brutas passou de alta de 5,77% em outubro para salto de 6,19% em novembro. Os bens finais e intermediários registraram alta de 2,94% e 4,23% em novembro, respectivamente.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, mostrou arrefecimento, uma vez que desacelerou o avanço a 0,55% em novembro, de 0,98% em outubro.
O principal colaborador para esse resultado foi o grupo Educação, Leitura e Recreação, que desacelerou a alta de 4,11% para 0,40% em novembro, refletindo forte arrefecimento nos preços das passagens aéreas, cuja alta passou de 54,11% para 3,03%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) manteve a taxa de 1,51% registrada no mês anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)