A colheita de trigo da Argentina foi estimada em 16,7 milhões de toneladas, um pouco abaixo da estimativa anterior de 17 milhões de toneladas, devido a uma seca prolongada, disse a Bolsa de Grãos de Rosário (BCR).
A estimativa sugere que a produção de trigo na Argentina, um grande exportador global, será a menor em cinco anos, informou a bolsa na noite de quarta-feira.
Uma seca desde meados deste ano causou fortes perdas em plantações de trigo em grandes partes do coração agrícola da Argentina.
A produção na província de Córdoba estava em um estado de “desastre” que ainda pode piorar, disse a BCR em seu relatório de safra mensal, acrescentando que a província pode registrar sua pior safra de grãos em 20 anos.
Na safra 2020/21, foram semeados 6,5 milhões de hectares, mas 600.000 hectares desse total foram descartados devido ao clima adverso, disse a bolsa.
A BCR disse que a escassez de água “continua apesar das chuvas recentes” e que o déficit de chuva em grande parte da província de Córdoba e Santa Fé é de 80 a 140 milímetros.
A província de Buenos Aires, o principal distrito de trigo do país, poderia produzir rendimentos recordes depois de escapar da seca.
Já o ciclo de plantio de soja e milho 2020/21 foi impulsionado por chuvas recentes e pelo clima mais úmido previsto para este fim de semana, que deve continuar a estimular a semeadura, disse a bolsa.
A BCR estimou uma safra de 50 milhões de toneladas de soja e 48 milhões de toneladas de milho. (Reuters)