A maior processadora de carne do mundo, JBS, encerrou o terceiro trimestre com resultado acima do esperado pelo mercado, impulsionada por forte desempenho nas unidades da empresa nos Estados Unidos e no Brasil, além de redução nas despesas financeiras.
A companhia, dona de marcas como Swift e Friboi, teve lucro líquido de 3,1 bilhões de reais de julho a setembro, ante lucro de 356,7 milhões de reais de um ano antes, quando o resultado financeiro havia sido negativo em 3,7 bilhões de reais.
O desempenho operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, foi de 7,99 bilhões de reais, evolução de 35% na comparação anual, mas queda de 24,6% na base sequencial.
Analistas, em média, esperavam que a JBS apurasse lucro líquido de 2,87 bilhões de reais, com Ebitda de 6,89 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A JBS afirmou que a divisão brasileira de alimentos processados Seara viu o Ebitda ajustado subir 55,4%, enquanto as operações com carne suína e de frango nos Estados Unidos registraram saltos de 64,7% e 48,9%, respectivamente, apoiadas na desvalorização do real ante o dólar.
A companhia afirmou que o resultado da Seara deve-se ao aumento de 4,4% no volume vendido e aumento no preço médio dos produtos de 19,7% ante o terceiro trimestre de 2019. Já a divisão de suínos nos EUA, JBS Pork, teve queda de 5,5% na receita líquida em dólares por conta de quedas de 8% no preço médio, enquanto o volume de vendas subiu 1,3%.
“A produção de carne suína no trimestre voltou aos patamares pré-Covid, compensando, inclusive, o volume menor produzido no segundo trimestre”, afirmou a JBS no balanço.
A JBS fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de 1,6 vez em dólar, menor na história da companhia, e de 1,83 vez em reais. (Reuters)