A Minerva, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, firmou um memorando de entendimentos não vinculante com o conglomerado chinês Greenland para criar uma joint venture para explorar a importação e distribuição de carne no país asiático.
Ainda há alguns requisitos burocráticos para que o acordo entre Minerva e Greenland se efetive, mas a parceria tem potencial para desbancar a joint venture que a companhia brasileira possui na China com a Joey Foods, sociedade que tinha o mesmo propósito mas não ganhou tração. A parceria com a chinesa Joey foi anunciada pela Minerva em 2019.
De acordo com uma fonte a par das negociações, a Greenland vai oferecer uma estrutura já existente — o que não ocorreu com a Joey —, com centro de distribuição, logística refrigerada e caminhões. “Isso pode adiantar o business plan da Minerva em dois anos”, afirmou a fonte. A China é o principal mercado de exportação do Brasil e da Minerva.
Na China, a Greenland já anunciou o acordo com a Minerva. Controlado pelo governo de Xangai e com forte atuação no mercado imobiliário, o conglomerado chinês fundado em 1992 estima que, nos próximos dois anos, as importações por meio da parceria com a Minerva superem 4 bilhões de yuans (cerca de US$ 600 milhões). Em cinco anos, o número poderia atingir a casa de 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão).
De acordo com a consultoria brasileira Agrifatto, a Greenland firmou o acordo com a Minerva no domingo (1). O objetivo do grupo chinês, que é comandado por Zhang Yuliang, é fazer do negócio o principal centro de distribuição de carne importada do país asiático.
Procurada pelo Valor, a Minerva não comentou. (Valor Econômico)