A processadora de carne de frango Pilgrim’s Pride, dos Estados Unidos, obteve lucro líquido de US$ 33,45 milhões, ou US$ 0,14 por ação, no terceiro trimestre deste ano, informou a companhia no fim da tarde de ontem (28). O resultado representa queda de 69,5% ante o lucro registrado em igual período do ano passado, de US$ 109,77 milhões, ou US$ 0,44 por ação. A queda refletiu custos e despesas mais altos e uma multa paga ao Departamento de Justiça dos EUA para encerrar alegações de fixação de preços.

Em termos ajustados, o lucro foi de US$ 0,66 por ação. A receita aumentou 10,7% na mesma comparação, para US$ 3,08 bilhões. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 0,34 por ação e receita de US$ 3,01 bilhões.

Executivos disseram que a presença global diversificada da Pilgrim’s ajudou a companhia a enfrentar as difíceis condições de mercado decorrentes da pandemia de covid-19. Segundo a Pilgrim’s, a demanda nos EUA está se recuperando, com a melhora dos negócios de varejo e fast food, embora a volatilidade ainda persista nos segmentos de commodities.

“No terceiro trimestre nos EUA, vimos uma recuperação da demanda em nossas operações in natura, inclusive de alguns setores dentro do segmento de food service, com mais Estados relaxando gradualmente restrições a viagens e locomoção”, disse em comunicado o CEO da Pilgrim’s, Fabio Sandri.

Já as operações no México tiveram um dos melhores desempenhos para um terceiro trimestre, apesar de um mix desfavorável e de maiores custos operacionais. “Uma normalização das atividades econômicas, uma melhora da oferta/demanda no mercado, o fortalecimento do peso e um desempenho operacional muito bom contribuíram para isso”, disse Sandri.

A Pilgrim’s destacou que suas operações na Europa continuaram apresentando melhor resultado, apesar de um aumento dos custos operacionais por causa da covid-19.

Neste mês, a Pilgrim’s fechou acordo com a Divisão Antitruste do Departamento de Justiça dos EUA e se comprometeu a pagar multa de US$ 110,5 milhões por restrições à concorrência, que afetaram três contratos de venda de frango a um cliente norte-americano. (AE)