A Associação Brasileiro de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) assinaram um acordo com a Câmara de Comércio Brasil-Árabe (CCBA) e as principais certificadoras halal do país para integrar sistemas de documentação e certificação para dinamizar as exportações para a Jordânia de vinte 20 para poucas horas.
“O sistema está pronto, vamos começar a desenvolver os projetos pilotos e, garantindo o sucesso com um país, praticar com os outros 21 países”, explica Tamer Mansour, secretário-geral na Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
Segundo Mansour, os primeiros embarques usando o sistema integrado, uma plataforma blockchain desenvolvida desde setembro do ano passado, deverão ocorrer ainda neste ano, gerando economia de US$ 4 milhões com logística de documentos ao governo da Jordânia.
“Os custos burocráticos para as exportações brasileiras para os países árabes, com chancela e certificação de documentos, logística para envio de documentos, tudo isso vai ser anulado”, aponta o secretário-geral da CCAB.
Signatário do acordo, Ali Saif, presidente da Cdial Halal, conta que a certificadora já chegou a demorar três dias para emitir um certificado halal devido aos trâmites logísticos. “O que estamos propondo é que a coisa seja imediata, sem essa questão de transporte e risco de perda de documentos”, detalha Saif.
De adesão voluntária, a ferramenta é vista como “uma oportunidade de desburocratização” pelo setor de proteína animal no país. “É uma oportunidade de desburocratização de processos, com maior segurança e transparência durante a exportação, com menos custos e maior agilidade nas vendas para determinados destinos do Oriente Médio”, aponta o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as exportações agrícolas para a Jordânia somam 339,1 mil toneladas, sendo 16,6% desse volume carnes, incluindo proteínas de frango e bovina. O país responde por 2% das vendas totais para o bloco, que somam 14,2 milhões de toneladas este ano, sendo 1,3 milhão só de carnes. (Revista Globo Rural)