Chegamos a 2ª quinzena
Vendas fracas do varejo no final de semana dão tom mais tímido para os atacadistas, pressão da demanda fraca se apresenta com a 2ª quinzena do mês.
Milho 
O fim da tarifa de importação para o milho de países de fora do Mercosul não trouxe fraqueza ao mercado de cereal brasileiro, isso por que a referência em São Paulo continuou sua evolução, batendo na casa dos R$ 71,50/sc. Na B3, a valorização foi ainda mais acentuada, completando o 5º dia consecutivo de valorização, o vencimento para novembro/20 subiu 2,54%, fechando a segunda-feira cotado à R$ 77,85/sc.
Com um mercado interno mais ativo nas compras, demandando um maior volume, as exportações de milho voltaram a diminuir o ritmo de embarques em relação a primeira semana do mês. A média diária de cereal exportada caiu 9,21% nesta semana, estabelecendo-se próximo das 266,71 mil toneladas. Colocando assim, em cheque, a capacidade de outubro/20 ter um maior volume exportado que outubro/19. A percepção de que não atingiremos os US$ 1 bilhão em exportação de milho cresce.
Boi gordo 
Depois de finalizar a última semana muito bem, com valorizações para a carne bovina no atacado e para o boi gordo, a segunda-feira começou morna com sinais de fragilidade no horizonte. A referência para o boi paulista continua nos R$ 265,00/@, no entanto, as vendas razoáveis do varejo no final de semana pressionam o atacado para frear os reajustes positivos da carcaça casada, com isso, temos o cenário de 2ª quinzena de mês ganhando força.
Após um ótimo começo de mês, as exportações de carne bovina brasileira voltaram a recuar. A diminuição observada desta vez foi de 4,26% no volume médio diária de proteína bovina exportada, saindo de um valor de 8,59 mil toneladas/dia nos primeiros sete dias úteis de outubro/20 para 8,22 mil toneladas/dia nos 11 dias úteis de outubro/20. Apesar do recuo, a expectativa de rompimento das 170 mil toneladas no mês de outubro/20 continua em voga.
Soja 
Segunda-feira de estabilidade para a soja no mercado brasileiro. A referência nos portos continua próximo dos R$ 160,00/sc, auxiliada pela alta nos valores dos prêmios. Em Chicago, a oleaginosa fechou a segunda-feira com leve alta de 0,40%, com o vencimento para novembro/20 atingindo os US$ 10,54/bu. A preocupação com o avanço do plantio no Brasil segue elevada.
A evolução do prêmio pago nos portos e o dólar elevado voltou a acelerar os embarques de soja nos portos brasileiros. O volume diário exportado pelo país cresceu 7,74% em relação a semana passada, chegando ao montante de 145,11 mil toneladas/dia. Ainda assim, o recuo frente a média diária do mês passado é de 31,86%. Apesar do avanço, a expectativa sobre as exportações continua de redução, graças a oferta escassa.
Agrifatto