O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília elevou para 103 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de milho no Brasil em 2019/20. A projeção anterior, divulgada em julho, era de 100 milhões de toneladas. A maior estimativa foi atribuída à expansão da área cultivada, principalmente em Mato Grosso, e à boa produtividade do milho segunda safra.
O adido elevou sua estimativa de área total em 50 mil hectares, para 18,50 milhões de hectares. A área representa um aumento de 5,7% ante o ciclo anterior, e reflete preços firmes por causa das exportações volumosas e da forte demanda do setor de carnes, afirmou o adido.
Para 2020/21, o USDA elevou sua projeção de produção total em 4 milhões de toneladas, para 107 milhões de toneladas. Já a projeção de área passou de 18,7 milhões para 19,2 milhões de hectares.
As exportações em 2019/20 foram elevadas em 500 mil toneladas, para 34 milhões de toneladas, uma queda de aproximadamente 14% ante a temporada anterior. Em 2018/19, exportações de quase 40 milhões de toneladas reduziram significativamente os estoques, observou o adido, acrescentando que a forte demanda interna do setor de carnes sugere que o Brasil vai consumir uma parcela maior da safra atual. Para 2020/21, o adido elevou sua previsão de exportações em 1 milhão de toneladas, para 37 milhões de toneladas, com a maior produção e a expectativa de que o dólar continue fortalecido ante o real.
A projeção de consumo interno em 2019/20 foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 69 milhões de toneladas, com base na expectativa de maior produção de carne de frango e suína. O adido também citou a expansão da produção de etanol de milho, embora a pandemia de covid-19 tenha provocado uma desaceleração do consumo de combustíveis. Para 2020/21, a estimativa de consumo doméstico foi aumentada em 2 milhões de toneladas, para 71 milhões de toneladas. (AE)