A agropecuária lidera a geração de novas vagas de emprego em 2020, com 98.320 postos de janeiro a agosto. Os setores do agro e da construção civil são os únicos com saldo positivo no acumulado do ano, segundo Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que analisou os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.
Segundo o comunicado, as atividades que mais abriram vagas neste ano foram: cultivo do café, com 17.741 vagas; atividades de apoio à agricultura (17.227); cana-de-açúcar (12.219); soja (11.136); bovinos (8.481); frutas de lavoura permanente, exceto laranja e uva (5.987); criação de aves (4.745); horticultura (2.783); cultivo de cereais (2.163); atividades pós- colheita (2.096); uva (1.946); suínos (1.905) e produção de florestas plantadas (1.197).
São Paulo, com expansão de 66.235 postos de trabalho, foi o estado com melhor resultado na agropecuária em 2020, seguido por Minas Gerais (+8.585 vagas), Goiás (+7.098), Bahia (+5.390), Mato Grosso (+4.509) e Paraná (+3.798).
No resultado geral, o Brasil acumula fechamento de 849.387 empregos nos oito primeiros meses do ano. Serviços (-489.195), Comércio (-409.830) e Indústria (-107.024) fecharam postos no acumulado de janeiro a agosto.
No comportamento mensal, todos os setores avaliados pelo Caged tiveram saldo positivo, ou seja, contrataram mais do que demitiram. Desta forma, houve abertura de 249.388 empregos com carteira assinada, o melhor resultado para o mês desde 2010. A indústria gerou 92.893 vagas e liderou a geração de novos postos de trabalho. A agropecuária criou 11.213 novas vagas.
“Os dados de agosto revelam significativa melhora da performance dos demais setores de atividade econômica no Brasil, que se juntaram ao bom desempenho da agropecuária”, diz a CNA. (AE)