Exportações em queda
Volume embarcado de milho recua em mais de 2 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2020 no comparativo anual, mas preços se mantém firme graças ao mercado interno.
Milho
Com mais uma semana de retração nos volumes embarcados, a exportação de milho fechou o mês de setembro/20 com pouco mais de 6,60 milhões de toneladas embarcadas para fora do país. Com essa performance, o terceiro trimestre de 2020 finaliza com um desempenho 13% pior que o mesmo período de 2019. E, apesar de 2,60 milhões de toneladas a menos terem sido encaminhadas para do país nos últimos três meses, os preços seguiram em forte evolução, rompendo os R$ 64,00/sc no mercado físico.
Na B3, as fortes altas cessaram na quinta-feira, com o vencimento novembro/20 subindo 0,18% no comparativo diário, fechando o dia à R$ 66,58/sc. Nos EUA, o contrato com vencimento para dezembro/20 subiu 0,99%, batendo na casa dos U$$ 3,83/bu. As cotações em Chicago seguiram respondendo aos dados de estoques trimestrais divulgados na quarta-feira e também aos dados de vendas externas que vieram maiores que o esperado. frente a terça-feira.
Boi gordo
As exportações de carne bovina in natura em setembro acabaram decepcionando, com uma desaceleração na última quinzena, registraram recuo 13% ante agosto/20. O volume embarcado foi de 143,35 mil toneladas e uma receita de U$$ 583,14 milhões. O preço médio da tonelada demonstrou leve recuperação de 2,20% quando ao mês anterior, girando em torno de US$ 4.096,49.
Na B3, a quinta-feira foi de reajustes positivos no mercado futuro. O outubro, contrato com vencimento mais curto, encerrou o dia em R$ 257,65/@, alta de 0,64% ante a véspera. Já o novembro, que ultrapassou a casa dos R$ 260,00/@, encerrou em R$ 260,50, ganho diário de 0,84% na comparação diária.
Soja
Com um volume reduzido de soja disponível, os embarques de soja brasileira fecharam o mês de setembro/20 recuando 28% no comparativo com agosto/20. Foram 4,47 milhões de toneladas exportadas durante o mês, contra 6,23 milhões contra o mês passado. A soja brasileira entra agora em um ambiente altamente competitivo, com um volume ínfimo de oleaginosa disponível no mercado interno e a com os EUA aumentando sua colheita e oferta de grão no mercado internacional.
O dia foi de calmaria no mercado nacional e internacional, as cotações da oleaginosa no mercado físico se estabeleceram próximo dos R$ 149,00/sc, pressionado pelo recuo dos prêmios. Na CBOT, o vencimento para novembro/20 permaneceu cotado a US$ 10,23/bu, a queda no óleo de soja freou uma possível continuidade de alta da oleaginosa nos EUA.
Agrifatto