Estudo do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne) da Embrapa apontou que o preço pago ao Brasil pela carne bovina exportada é de 27% a 41% menor do que seus concorrentes. A pesquisa analisou os 20 maiores países exportadores em volume.
Conforme o levantamento, o Brasil recebe, em média, US$ 4,17 por quilo do produto. “É preciso entender o porquê de a carne bovina brasileira ser comercializada a um preço mais baixo do que a de seus principais concorrentes, bem como promover ações para que seu valor seja aumentado”, afirma o CiCarne.
Dezesseis dos 20 países analisados são melhor remunerados: Estados Unidos (US$ 7,17), Holanda (US$ 6,06), Reino Unido (US$ 5,96), Austrália (US$ 5,76), Canadá (US$ 5,65), Irlanda (US$ 5,55), Argentina (US$ 5,47), México (US$ 5,46), Uruguai (US$ 5,29), França (US$ 5,17), Nova Zelândia (US$ 5,17), Bélgica (US$ 5,11), Alemanha (US$ 5,06), Áustria (US$ 4,75), Itália (US$ 4,74) e Espanha (US$ 4,33).
O valor só é menor do que o pago, em média, pela carne bovina brasileira na Polônia (US$ 4,12), na China (US$ 3,45) e na Índia (US$ 2,83), que teve o pior preço entre os países analisados pelo CiCarne.
“Uma ressalva deve ser feita: o maior preço precisa vir acompanhado de eficiência produtiva, caso contrário, as margens ficam reduzidas pelos altos custos de produção”, pondera o centro, recomendando que o ideal é buscar uma posição em que a carne bovina “seja percebida como de alto padrão, remunerada de acordo com sua real qualidade, mas sem onerar demasiadamente o produtor e a cadeia produtiva como um todo”. (Globo Rural)