Petróleo puxa soja
Desvalorização do petróleo, influencia recuo de mais de 3% no óleo de soja, e, consequentemente traz consigo a cotação do grão em Chicago para baixo em 2%.
Milho 
O milho continuou a sua alta nesta segunda-feira em todo o mercado físico do país, a referência em São Paulo voltou para os R$ 59,50/sc, diante de vendedores retraídos e de olho no dólar que voltou a fechar acima dos R$ 5,40, pela primeira vez desde o dia 01/09/2020. Na B3, o vencimento para novembro/20 subiu 0,85%, fechando cotado à R$ 60,28/sc, maior valor de setembro/20.
As exportações de milho brasileiro continuaram o seu movimento de recuo, saindo de 384,26 mil toneladas/dia na semana retrasada e estabelecendo-se em 350,32 mil toneladas/dia na última semana. O recuo de 9% pode ser explicado em parte pelas operações de washout, onde o milho que estava destinado à exportação é enviado de volta ao mercado interno, graças aos preços domésticos estarem mais atrativos.
Boi gordo 
A firmeza do boi gordo continua sustentada na oferta restrita, isso por que apesar das notícias negativas vindas do varejo (consumidor rechaçando maiores altas), a cotação do animal nas mais diversas praças do país apontava em média para os R$ 250,00/@. Com a depreciação da carne e a força do boi gordo, as indústrias frigoríficas com foco no mercado interno se veem apertadas, com poucas opções de saída.
Como de costume, os embarques de carne bovina sofreram um recuo na 3ª semana do mês. A média diária embarcada para fora do país caiu 12% no comparativo com a semana retrasada, saindo de 8,21 mil toneladas/dia para 7,26 mil toneladas/dia. O recuo do dólar durante toda a semana para um nível abaixo dos R$ 5,30 e as compras fortemente aquecidas nas duas primeiras semanas do mês explicam esse recuo no volume diário exportado.
Soja 
O fechamento do dólar a R$ 5,40 abriu espaço para que a soja brasileira rompesse os R$ 140,00/sc nos portos do sul do Brasil, ainda assim, a queda do prêmio e das cotações nos EUA reduziram os valores pagos para negociações de safras futuras. A “desmontagem” de posições compradas na CBOT aliada a queda das cotações do óleo de soja, influenciaram a desvalorização do grão na segunda-feira.
Com a demanda interna se reduzindo devido aos preços elevados (migração para proteínas e óleos substitutos), as exportações da oleaginosa voltaram a ganhar fôlego. A média diária de soja embarcada cresceu pela segunda semana consecutiva, atingindo o total de 224,81 mil toneladas/dia, 14% a mais do que a média da semana passada. Com tamanho volume, há espaço para que o recorde de setembro/19 seja quebrado neste ano, com mais de 4,7 milhões de toneladas enviadas para fora do país.
Agrifatto