Boi gordo firme, atacado de olho na segunda quinzena
Cotações acima dos R$ 245,00/@ já são vistas em São Paulo e apontam para um mercado com preços firmes. Do outro lado da ponta, a chegada da segunda quinzena do mês preocupa os atacadistas.
Milho
Com pouquíssimo milho ainda a ser colhido no Brasil, a desvalorização do cereal no mercado físico perdeu um pouco da força. Em São Paulo, a referência para negócios se estabeleceu próximo dos R$ 58,50/sc, reduzindo levemente em relação à ontem graças a queda do dólar. Na B3, o sentimento do mercado foi de maiores quedas para o futuro, isso por que o vencimento para novembro/20 encerrou o dia com queda de 0,96%, cotado a R$ 57,80/sc.
Nos EUA, a cotação do milho fechou com uma leve queda de 0,28% no vencimento setembro/20, que ficou cotado a US$ 3,50/bu. A desvalorização do petróleo nos últimos dias aliado as previsões de chuvas nos dias vindouros deram ao mercado um leve baque sobre os preços do cereal.
Boi gordo
Semana mais curta e movimento mais aquecido no balcão. As indústrias seguem na tentativa de preencher as escalas de abate, com isso, os preços da arroba têm ganhado ainda mais força em grande parte das regiões. Em São Paulo, negociações acima dos R$ 245,00, para o animal destinado à exportação, já começam a ser vistas.
Com relação ao mercado interno, no atacado o ambiente é de indecisão e dúvidas quanto a sustentação de possíveis reajustes positivos. Fato confirmado, a proximidade com a segunda quinzena do mês já começa a deixar a ponta compradora com o pé no freio. Enquanto isso, os preços seguem firmes, com a carcaça casada bovina na casa dos R$ 16,00/kg.
Soja
Os principais estados produtores do país estão entrando na fase final do vazio sanitário da soja, com isso, a tendência das próximas semanas é que o agricultor deixe um pouco de lado a comercialização futura e se volte para a garantia de uma boa safra da oleaginosa. Ainda assim, os preços no mercado físico continuaram acima dos R$ 135,00/sc nos portos do sul do Brasil.
Os anúncios de novas vendas para a China fizeram com que a cotação da soja em Chicago registrasse alta de 0,69% na quarta-feira, chegando ao valor de US$ 9,80/bu, o maior valor corrente desde 15/04/2020. A força da demanda chinesa dá sustentação para que a oleaginosa norte-americana volte a navegar em fortes valorizações.
Agrifatto