O Brasil exportou em agosto recorde de 191.141 toneladas de carne bovina (in natura e processada), representando aumento de 19% em comparação com igual mês de 2019 (160.938 toneladas). As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou dados do Ministério da Economia, por meio da Secex/Decex. A receita cambial no mês passado alcançou US$ 753,2 milhões, crescimento de 14% ante US$ 658,6 milhões de agosto do ano passado.

No acumulado do ano, as exportações totais de carne bovina pelo Brasil já alcançam 1,294 milhão de toneladas, em comparação com 1,159 milhão de toneladas até agosto de 2019, num crescimento de 12% ou 139 mil toneladas a mais. A receita atinge US$ 5,4 bilhões, ante US$ 4,4 bilhões no mesmo período de 2019, ou um crescimento de 23%.

O prognóstico da Abrafrigo é de que as exportações fiquem acima do crescimento de 12% registrado até agosto, “já que os últimos meses do ano costumam historicamente apresentar crescimento de movimentação”, explica a entidade em comunicado.

Em agosto, a China importou 108 mil toneladas do produto brasileiro, uma leve redução em relação às 115 mil toneladas movimentadas em julho. Do total exportado pelo Brasil no acumulado do ano, a China sozinha é responsável pela movimentação de 62,4% da comercialização, levando-se em consideração o produto que entra pelo continente (530.458 toneladas) e o que foi internalizado pela cidade Estado de Hong Kong (212.261 toneladas), com a soma de 742.719 toneladas. Em 2019, no mesmo período, a China importou 448.021 toneladas e era responsável por 38%,6% da movimentação total.

Depois da China, o segundo maior cliente do Brasil foi o Egito, com a importação de 91.529 toneladas (-25,4%). O Chile veio na terceira posição com 50.360 toneladas adquiridas (-34,2%), enquanto a Rússia ficou com a quarta posição com 43.177 toneladas (-4,6%). Na quinta posição entraram os Estados Unidos, que elevaram suas compras a 34.502 toneladas (+39,7%); na sexta posição estão as Filipinas, com 25.660 toneladas (+23,4%) e na sétima os Emirados Árabes, com 25.595 (-58,2%). Já no caso da maioria dos países integrantes da União Europeia, houve redução nas importações do produto brasileiro. No total, 81 países aumentaram suas aquisições até agosto, enquanto que 87 diminuíram. (AE)