O Ibovespa futuro recuava na manhã desta segunda-feira, apesar do viés relativamente positivo nos mercados no exterior, em começo de semana marcada por eventos político-fiscais relevantes no país, entre eles o envio ao Congresso do Orçamento 2021 e uma esperada definição sobre a prorrogação do auxílio emergencial.
Por volta de 09:20, o contrato do Ibovespa com vencimento em 14 de outubro caía 0,51%, a 101.985 pontos.
Esta segunda-feira é oficialmente o último dia para o governo entregar ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021 e fechar a previsão de receitas e despesas da União para o próximo ano.
“A incerteza sobre o conteúdo do PLOA 2021 é elevada em razão da dificuldade matemática de conciliar ex-ante todas as pressões por maiores investimentos públicos (Pró-Brasil), orçamento militar e expansão da rede de proteção social (Renda Brasil)”, afirmou o BTG Pactual em comentário a clientes.
Em relação ao auxílio emergencial, o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do bloco parlamentar conhecido como centrão, afirmou no sábado que o presidente Jair Bolsonaro anunciará terça-feira a prorrogação do benefício pago a vulneráveis e trabalhadores informais devido à pandemia de coronavírus.
Da cena corporativa, agentes financeiros devem repercutir balanço do IRB Brasil RE, divulgado na madrugada de sábado, que mostrou prejuízo líquido de 685,1 milhões de reais de abril a junho, além de aviso pela companhia de que os ajustes ainda não acabaram.
No exterior, os futuros acionários dos Estados Unidos subiam pela oitava sessão consecutiva, com apostas em uma recuperação econômica apoiada pelo estímulo prolongado do Federal Reserve alimentando apetite por risco e deixando o S&P 500 no caminho de registrar seu melhor agosto em mais de três décadas.
Também no noticiário externo, a atividade industrial da China cresceu a um ritmo mais lento em agosto após enchentes no sudoeste do país afetarem a produção, mas o setor de serviços expandiu a uma taxa sólida em um impulso para a economia em meio à recuperação do choque pelo coronavírus. (Reuters)