O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou a sua estimativa para produção global na safra 2020/21, em 5 milhões de toneladas, de 2,225 bilhões de toneladas para 2,230 bilhões de toneladas. O conselho atribui à revisão na safra à perspectiva de maior produção global de soja, milho e trigo. Se confirmada, a perspectiva aponta para uma safra recorde – 49 milhões de toneladas maior que a temporada anterior.
A previsão de consumo foi elevada de 2,218 bilhões de toneladas para 2,222 bilhões de toneladas, enquanto a estimativa de estoques globais foi aumentada de 625 milhões de toneladas previstas no fim de julho para 630 milhões de toneladas. As perspectivas para o consumo foi revisada diante da expectativa de maior uso dos grãos na alimentação, explica o IGC. As projeções da entidade foram divulgadas em relatório mensal nesta quinta-feira.
A previsão de produção global de soja da safra 2020/21 foi elevada em 8 milhões de toneladas, para 373 milhões de toneladas. A projeção de consumo passou de 364 milhões de toneladas para 368 milhões de toneladas, assim como os estoques finais da oleaginosa foram acrescidos em 4 milhões de toneladas para 52 milhões de toneladas. Em relação ao milho, a estimativa para a colheita foi elevada em 2 milhões de toneladas, para 1,166 bilhão de toneladas, pressionada, principalmente. A estimativa de consumo do cereal foi ajustada na mesma proporção para 1,178 bilhão de toneladas e a previsão de estoques ao fim da temporada foi mantida em 288 milhões de toneladas. Quanto ao trigo, a estimativa de produção também foi elevada em 1 milhão de toneladas para 763 milhões de toneladas, enquanto o consumo foi reduzido em 1 milhão de toneladas para 749 milhões de toneladas e as reservas finais foram acrescidas em 6 milhões de toneladas para 294 milhões de toneladas.
O índice de preços de Grãos e Oleaginosas do IGC subiu 3% em julho, para o maior valor de cerca dos últimos dois anos, de acordo com a entidade.
Para a temporada 2019/20, o IGC elevou sua estimativa para produção global de 2,176 bilhões de toneladas para 2,181 bilhões de toneladas. A estimativa de estoques globais também foi revisada para cima, para 622 milhões de toneladas, ante 619 milhões de toneladas previstas em julho. Já a previsão de consumo foi elevada de 2,179 bilhões de toneladas para 2,181 bilhões de toneladas. (AE)