A JBS, uma das maiores produtoras de carne do Brasil, encerrou o segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 3,379 bilhões, ou R$ 1,27 por ação, valor 54,8% maior do que o lucro de 2,183 bilhões verificado no mesmo período de 2019, informou a empresa nesta quinta-feira. A receita líquida ficou em R$ 67,582 bilhões, aumento anual de 32,9%. Já o Ebtida ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 10,496 bilhões, alta de 105,9% ante o segundo trimestre do ano passado, com margem de 15,5%, contra 10% na mesma base comparativa.
A dívida líquida da companhia somou R$ 54,517 bilhões, 21,8% superior ao reportado em igual trimestre de 2019, em R$ 44,771 bilhões. Em dólares, entretanto, a dívida líquida caiu 14,8%, de US$ 11,683 bilhões para US$ 9,955 bilhões. Com isso, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 2,1 vezes em reais e 1,75 vez em dólares no segundo trimestre, a menor da história, segundo a JBS. O resultado financeiro líquido no trimestre ficou negativo em R$ 3,229 bilhões, ante resultado negativo de R$ 697,6 milhões no mesmo trimestre de 2019.
Em comunicado, a JBS informou também ter gerado R$ 11,4 bilhões em caixa operacional, um crescimento de 119% na comparação com o segundo trimestre de 2019. O fluxo de caixa livre subiu 176,5% na mesma base comparativa, para R$ 9,5 bilhões no período. “Com a geração de caixa, anunciamos o pré pagamento de US$ 875 milhões em dívidas, o que reduzirá as despesas financeiras em US$ 53 milhões por ano”, afirmou em nota o CEO Global da companhia, Gilberto Tomazoni.
Por unidade de negócio, o maior crescimento do Ebitda foi da JBS Brasil, com alta de 222,8%, seguido por JBS USA Beef, com avanço de 208,7%, e pela JBS USA Pork, de 153,7%. O Ebtida da Seara, por sua vez, cresceu 91,6% na comparação interanual, para R$ 1,079 bilhão no segundo trimestre. O resultado da marca brasileira é atribuído pela JBS “ao aumento no volume de vendas, ao melhor mix de mercados, canais e produtos – com destaque para os produtos processados e do contínuo crescimento das vendas das inovações introduzidas desde 2019”. (AE)