Os futuros do Ibovespa avançavam na abertura desta terça-feira, favorecidos pela melhora do apetite a risco no mercado global, em meio ao anúncio da Rússia sobre vacina contra o Covid-19 e apostas de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos.
Por volta das 09:05, o contrato do Ibovespa que vence na quarta-feira tinha elevação de 1,31%, a 104.440 pontos. O contrato do índice para 14 de outubro mostrava acréscimo de 1,21%, a 104.730 pontos.
“O dia está amanhecendo com mais um movimento de ‘risk-on’ generalizado, com bolsas em alta, dólar fraco, commodities metálicas não preciosas em alta e metais preciosos em queda”, observou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.
Ele destacou em comentários a clientes que o destaque da manhã é a notícia de que a Rússia teria aprovado a primeira vacina contra o Covid-19 e já estaria vacinando a sua população.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que o país tornou-se o primeiro do mundo a dar aprovação regulatória para uma vacina contra a Covid-19 depois de menos de dois meses de testes em humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que está discutindo com autoridades de saúde da Rússia o processo para uma possível pré-qualificação pela OMS da vacina.
O chefe do fundo soberano da Rússia, Kirill Dmitriev, disse que a vacina será produzida no Brasil e a fabricação dela na América Latina começará em novembro, desde que obtida aprovação regulatória.
Nos EUA, os futuros acionários avançavam com esperanças de um acordo sobre ajuda federal para os 30 milhões de norte-americanos desempregados.
O presidente norte-americano, Donald Trump, escreveu no Twitter que os principais democratas do Congresso querem se reunir com ele para discutir estímulos, após negociações entre democratas e Trump não avançarem na semana passada.
Do lado das commodities, os futuros de referência do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian fecharam em alta, mesmo viés adotado pelos preços do petróleo.
Investidores do mercado brasileiro também analisam a ata da última reunião do Copom, na qual o Banco Central reduziu a Selic a 2%. No documento, o BC disse que a Selic está perto do limite e novos cortes podem ser temporalmente espaçados.
Da temporada de balanços, BTG Pactual divulgou mais cedo queda de 4,1% no lucro líquido recorrente do segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 987 milhões de reais.
Na noite da véspera, a Cosan reportou prejuízo de 174,4 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo lucro de um ano antes; e Itaúsa mostrou queda de 75,4% no lucro, a 598 milhões de reais. (Reuters)