Queda de braço continua e pouquíssimos negócios de boi gordo são fechados
Oferta restrita de animais dificulta que pressão de baixa vingue no mercado do boi gordo brasileiro, com isso, escalas se encurtam.
Milho 
Com a oferta aumentando para negócios no mercado interno e o dólar estabilizado na casa dos R$ 5,35, o milho dá sinais de que pode entrar em uma curva de desvalorização nas próximas semanas. O preço do cereal no mercado físico paulista já voltou a ser negociado abaixo dos R$ 49,50/sc, demonstrando que os vendedores voltaram a aceitar valores menores. Na B3, o dia foi de leve alta no vencimento setembro/20, que fechou cotado à R$ 46,80/sc.
Já em Chicago, as fortes quedas dos últimos dias cessaram, dando lugar a uma leve desvalorização dos contratos, o vencimento set/20 na CBOT caiu 0,84%, ficando cotado a US$ 3,26/bu, menor valor desde o dia 26/06/2020. Com a volta das chuvas no cinturão agrícola dos EUA, as cotações do milho nos EUA perderam a sustentação do corte de área que fora feito há 15 dias atrás.
Boi gordo 
Dia marcado pela baixa movimentação do mercado spot de boi gordo, poucos negócios foram fechados e o ambiente ainda é de oferta restrita. A queda de braço entre os participantes do mercado ainda segura as cotações da arroba na faixa dos R$ 210/15,00 para o animal comum e R$ 220/225,00/@ para o animal destinado à exportação. Com relação as programações de abate, seguem encurtadas e atendendo na média de 4 dias úteis em São Paulo.
Na B3, a terça-feira (14) foi de alta pontual nos contratos futuros. O julho encerrou o dia em R$ 220,00 (+0,57%) e o outubro em R$217,75/@ (+1,78%). Para o mercado atacadista de carne bovina o ambiente se mantém estável, entretanto, opera com faixa fluxo de saída. Os preços da carcaça casada bovina continuam balizado em R$ 14,10/14,20/kg na região paulista.
Soja 
A cotação da soja brasileira andou de lado nesta terça-feira. Mesmo com o dólar recuando 0,42%, a melhora das cotações em Chicago e a evolução do prêmio para US$ 1,35/bu sustentou o preço da oleaginosa acima dos R$ 113,00/sc no porto de Paranaguá.
Diferentemente do milho, a soja se valorizou na CBOT nesta terça-feira, com o vencimento para agosto/20 ficando cotado a US$ 8,78/bu, as razões para essa sustentação vieram de uma situação pior nas lavouras de soja no país em conjunto com relato de vendas para a China. Ainda assim, a perspectiva é de safra de soja cheia para os EUA e de um acordo comercial com os chineses enfraquecido pelas declarações do presidente norte-americano.
Agrifatto