A novela climática continuou nos EUA
Mesmo com divulgação do relatório do USDA trazendo menor oferta de milho nos EUA, a cotação do cereal despencou na última sexta-feira, o clima tem responsabilidade nisto.
Milho 
A semana encerrou negativa para o mercado do milho mundial já que na CBOT, o cereal que estava em franca ascensão sofreu um forte baque, registrando uma desvalorização de 3,3% no vencimento para setembro/20, ficando cotado a US$ 3,37/bu. Apesar da divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA demonstrar uma produção ainda menor que o esperado, a indefinição climática e o tom das palavras de Trump sobre a China pesaram no mercado.
No Brasil, o mercado físico segue minguado, sem muita oferta em grande parte das praças agrícolas do país, em São Paulo, o movimento de alta foi segurado, e as cotações em Campinas/SP se voltaram ao patamar de R$ 50,00/sc. Na B3, o vencimento setembro/20 sentiu a pressão da CBOT e fechou o dia com desvalorização de 1,7%, ficando cotado à R$ 47,88/sc.
Boi gordo 
A última sexta-feira (10) foi caracterizada pela lentidão no mercado spot de boi gordo. Poucos lotes foram negociados, e aqueles em que a venda foi efetivada, o volume de animais era muito pequeno. A venda segue segmentada, com o pecuarista segurando os animais nas pastagens e o frigorífico oferta valores menores, comprando compassado. Os frigoríficos em São Paulo, encerraram as programações de abate com 5,0 dias úteis.
No atacado, também passos lentos. A ponta vendedora ainda consegue manter a carcaça casada bovina orbitando a faixa dos R$ 14,10-14,20/kg no mercado atacadista de carne bovina. O consumo interna ainda patina, e a comercialização permanece sem forças apesar de tratar do momento sazonal mais propício.
Soja 
A soja também foi destaque nos EUA, já que o vencimento para março/21 da oleaginosa na CBOT fechou a sexta-feira em queda de 1,2%, perdendo grande parte da alta que havia sido registrado nos últimos dias. O farelo de soja na CBOT seguiu o mesmo caminho, com o vencimento julho/20 caindo 1,5%, a pressão de uma possível quebra do acordo comercial ainda ronda os preços da soja nos EUA.
No Brasil, o patamar de R$ 116,00/sc seguiu bem estabelecido, com pouca oferta de soja para fechamento de negócios físicos. O USDA aumentou a projeção de exportação brasileira para incríveis 89,00 milhões de toneladas na safra 19/20, um aumento de 19% no comparativo entre as safras 18/19 e 19/20.
Agrifatto