A JBS informou nesta segunda-feira que 2,2% dos funcionários de sua unidade em Goiânia (GO), com 900 empregados, testaram positivo para Covid-19 e, por isso, estão afastados.
A planta segue em operação.
O comunicado foi uma resposta a um questionamento da Reuters sobre se a JBS cumpriria uma decisão da juíza do trabalho Camila Vigilato, de 2 de julho, que ordenou que a empresa testasse todos os trabalhadores na unidade após um surto.
A decisão da juíza, veio após um pedido de liminar do Ministério Público do Trabalho de Goiás, que ingressou com uma ação civil pública contra a empresa.
Na ação, o MPT alegou que 64 pessoas na fábrica da JBS em Goiânia haviam testado positivo para o coronavírus, número superior ao confirmado pela companhia.
O MPT em Goiânia não respondeu imediatamente um pedido de comentário.
A JBS teve uma unidade de suínos e outra de aves suspensas pela China depois de surtos do Covid-19 nos últimos dias. Ambas são localizadas no estado do Rio Grande do Sul.
O Brasil tem 102 unidades certificadas para exportar à China, segundo o Ministério da Agricultura, que tenta agora reverter as suspensões.
Desde o início da pandemia, seis unidades de abate no Brasil foram proibidas de exportar à China, inclusive uma processadora de suínos da BRF em Lajeado.
Mais suspensões podem ocorrer.
Na decisão, a juíza também requisita o isolamento de todos os empregados que tiveram resultados confirmados para a Covid-19, bem como de colaboradores que ficaram a uma distância menor que 1,5 metro de um funcionário doente.
A JBS disse que realiza a testagem e outras ações, como o afastamento de casos suspeitos, a busca ativa e o monitoramento permanente dos funcionários, além de observar orientações dos governos estaduais e municipais.
A empresa não quis comentar a ação civil pública, por se tratar de um processo judicial. (Reuters)