O Brasil deve fechar junho com exportação de 11,93 milhões de toneladas de soja, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Em relatório semanal divulgado na terça-feira, a entidade diz que a estimativa se baseia no volume efetivamente embarcado até o dia 27 de junho, somado à programação de embarques dos três últimos dias do mês. Até a semana passada, a expectativa era de 12,594 milhões de toneladas. Para julho, a previsão é de que os embarques ao exterior do Brasil totalizem 7,247 milhões de toneladas, conforme a Anec.
A perspectiva de exportação de farelo em junho diminuiu para 1,499 milhão de toneladas, ante 1,522 milhão de toneladas previstos até a semana passada. Para o milho, a projeção de embarques caiu para 774.850 toneladas, contra 1,030 milhão de toneladas há uma semana. Para julho, a perspectiva é de exportação de 1,499 milhão de toneladas de farelo e 3,942 milhões de toneladas de milho, segundo a Anec.
Na semana de 21 a 27 de junho, as exportações do Brasil somaram 2,394 milhões de toneladas de soja, 382.473 toneladas de farelo e 427.259 toneladas de milho. Para a semana de 28 a 4 de julho, estão previstos embarques de 2,718 milhões de toneladas de soja, 392.216 toneladas de farelo e 806.277 toneladas de milho.
Com isso, as vendas externas do País no primeiro semestre devem totalizar 61,655 milhões de toneladas de soja (+36,57% ante igual período de 2019), 2,541 milhões de toneladas de milho (-67,93%) e 8,361 milhões de toneladas de farelo (+1,54%).
A Anec destacou, ainda, que diversos exportadores de soja receberam pedidos de importadores chineses para assinar uma declaração atestando, entre outras coisas, que o produto está livre de contaminação por covid-19 e que a demanda foi feita também a exportadores da Argentina, Austrália, Canadá e Estados Unidos. “Devido ao longo feriado na China na semana passada, ainda não há clareza se a solicitação partiu do governo, que está enfrentando novos focos de contaminação no país, ou se partiu de importadores”, disse a Anec. “Autoridades sanitárias mundiais continuam informando, entretanto, que não há evidências de contaminação pelo coronavírus por manuseio ou ingestão de alimentos.”
Ainda de acordo com a nota, o segmento brasileiro de grãos “está consciente de que seus produtos não são considerados como vetor de transmissão do novo coronavírus, uma vez que os processos envolvidos, tanto na lavoura quanto no transporte e nos portos, são mecanizados, e o contato humano com o produto é praticamente inexistente”. (AE)