A atividade industrial da China cresceu a um ritmo mais forte em junho depois que o governo suspendeu as medidas de restrição devido ao coronavírus e ampliou o suporte, mas a crise de saúde continua a pressionar as exportações e o emprego, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
O PMI de indústria do Caixin/Markit divulgado nesta quarta-feira subiu a 51,2 no mês passado, ritmo mais rápido desde dezembro, ante 50,7 em maio. A marca de 50 separa crescimento de contração.
Analistas consultados pela Reuters esperavam leitura de 50,5.
A economia da China está gradualmente emergindo da forte contração de 6,8% registrada no primeiro trimestre, com grande parte do país reabrindo após semanas de paralisações.
Mas a demanda permaneceu fraca, já que muitas indústrias ainda enfrentam encomendas externas reduzidas ou canceladas.
As novas encomendas de exportação permaneceram firmemente em território de contração, mostrou a pesquisa, embora a um ritmo mais fraco do que em maio.
“A demanda geral da indústria se recuperou rapidamente, mas a demanda externa permaneceu pesando”, disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.
Apesar da retomada nas encomendas domésticas, o cenário de incerteza forçou as fábricas a reduzirem vagas pelo sexto mês consecutivo, com o ritmo de cortes acelerando.
Pesquisa oficial divulgada na terça-feira também mostrou que a atividade industrial da China cresceu a um ritmo mais forte em junho, mas empresas menores ainda estão sofrendo e exportadores enfrentam queda das encomendas, indicando recuperação desigual. (Reuters)