Dólar fecha em queda pelo segundo dia consecutivo e puxa cotação do milho
Com o dólar dando trégua por dois dias consecutivos, preço do milho no mercado físico inicia a semana com leve queda.
Milho
De olho no dólar, mas com os vendedores reticentes, o preço do milho no mercado físico anotou uma leve desvalorização na segunda-feira, ainda rondando a casa dos R$ 47,00/sc no estado de São Paulo. Na B3 e na CBOT o dia foi de maior queda, com os vencimentos setembro/20 nas respectivas bolsas caindo 0,94% e 1,26%. A pressão na bolsa brasileira veio do dólar, já nos EUA, quem puxou a queda foi o aumento no número de casos em alguns estados norte-americanos que pode refletir na demanda por etanol.
Mesmo com a colheita se intensificando e superando a barreira dos 10% no Brasil, as exportações de milho continuaram lentas, a média diária embarcada até a 3ª semana de junho caiu 34% em comparação a média até a 2ª semana, estabelecendo-se em 2,93 mil toneladas/dia. A diminuição frente os números de jun/19 são na ordem de 95%. E demonstram que a colheita mais atrasada desse ano tem afetado as exportações.
Boi gordo
O atacado da carne bovina segue enxuto, tanto do lado oferta quanto da demanda. As vendas são fracas, no entanto, a baixa oferta de animais não deixa os estoques se alargarem muito. Já para o boi gordo, a semana começou ativa, apesar do temor com as notícias que vieram de fora do país, com a China interrompendo compras de plantas frigoríficas nos EUA e Alemanha que tiveram funcionários com COVID-19.
A receita gerada com as exportações de carne bovina atingiu uma média de US$ 33 milhões por dia, com o total arrecadado já ultrapassando o valor registrado no mesmo período do ano passado, atingindo US$ 466,76 milhões. Com os números avançando mais de 27%, a previsão é que tenhamos o maior volume e receita com a exportação de carne bovina em um mês de junho. Estimamos que o volume embarcado deva ficar entre 150 e 170 mil toneladas ao fim deste mês.
Soja
Após chegar próximo dos R$ 115,00/sc, a soja brasileira teve um leve recuo na segunda-feira, estabelecendo-se próxima dos R$ 114,00/sc. Com exceção do dólar, que variou negativamente 0,70%, poucas novidades foram notadas no mercado da oleaginosa. Na CBOT, o contrato corrente andou de lado, ficando cotado à US$ 8,76/bu.
Apesar da diminuição de oferta em comparação a maio/20, as exportações de soja seguiram fortes no mês de junho/20, já são 669 mil toneladas embarcadas por dia até a 3ª semana deste mês. São números 49% maiores que os registrados no mesmo período do ano passado. A expectativa é que mais de 13 milhões de toneladas da oleaginosa sejam embarcadas neste mês.
Agrifatto