Mesmo com atacado derrapando, boi gordo registra consecutivas valorizações
As vendas de carne no varejo emperraram com os novos indicativos de preços, no entanto, o boi gordo segue superando novas resistências e se valorizando.
Milho 
Mais um dia de sustentação para o mercado do milho que vê a oferta aumentando a cada dia. As ofertas em São Paulo continuam a rodar na casa dos R$ 47,00/sc, mesmo com um maior volume de oferta disponível, no entanto, ainda há muito milho a ser colhido nas próximas semanas. Na B3, pelo 6º dia consecutivo o vencimento para julho/20 registrou valorização, fechando a quinta-feira cotado à R$ 46,00/sc.
Nos EUA, a cotação do milho se movimenta de lado, ficando próxima dos US$ 3,30/bu, mesmo com a melhora no valor do petróleo, a previsão de chuvas até este domingo e um dólar se fortalecendo dificultam qualquer reação nos preços do cereal norte-americano.
Boi gordo 
As cotações da carcaça casada bovina desaceleraram no atacado paulista, diretamente relacionada a fraca demanda. Apesar dos estoques enxutos, a ponta vendedora demonstrou dificuldade em comercializar os produtos disponíveis. Após as altas registradas na semana passada, o consumidor se afastou e acabou se retirando das compras. Os preços encerraram a quinta-feira (18/jun) em R$ 13,80/kg, baixa de aproximadamente R$ 0,10/kg.
Para o mercado de boi gordo, o cenário continua otimista. As indicações nas principais praças do país continuam a registrar altas, mas as programações de abate se mantêm ajustadas. A estratégia, no curtíssimo prazo, é adquirir somente o necessário para evitar uma escalada ainda mais acentuada dos preços.
Soja 
A soja viu seus preços avançarem por mais um dia no Brasil, nos portos brasileiros os negócios já ultrapassaram novamente a barreira dos R$ 113,00/sc, voltando próximo aos patamares recordes observados há cerca de um mês atrás. A oferta restrita no mercado interno também começa a puxar as cotações do grão em algumas praças do interior do país, em Mato Grosso, o patamar R$ 97,00/sc na média do Estado já é realidade.
Em Chicago, o vencimento para julho/20 fechou o dia com leve valorização de 0,20%, ficando cotado a US$ 8,73/bu. As vendas externas na semana vieram fortes, próxima dos 2 milhões de toneladas, no entanto, um dólar fortalecido e o clima favorável dificultam qualquer alta mais considerável no preço da oleaginosa nos EUA.
Agrifatto