Carne bovina in natura: Envios para o exterior surpreendem na segunda semana de junho
Foram exportadas 64,49 mil toneladas nos nove primeiros dias úteis de junho e uma receita gerada de US$ 280,78 milhões.
Milho 
Os embarques de milho nesta 2ª semana de junho foram pífios, a escassez de oferta nos portos fez com que a média diária de cereal exportada caísse 42% em comparação a 1ª semana do mês. O volume médio ficou em 4,44 mil toneladas, em comparação a junho/2019 a diminuição no volume embarcado está acima de 92%. O fato de a colheita não avançar como no ano passado pode ser um fator contribuinte nesta conta.
A volta do dólar ao patamar dos R$ 5,10 voltou a trazer animosidade para o mercado do milho brasileiro, com a cotação voltando a se valorizar no físico e futuro. Na B3, o vencimento para julho/20 subiu 1,60%, fechando a segunda-feira à R$ 44,50/sc. Nos EUA, o milho em condições boas/excelentes caiu 4 p.p., ligando um sinal de preocupação para a safra norte-americana, ainda assim, o clima aponta para um cenário favorável.
Boi gordo 
Já os envios de carne bovina in natura demonstraram recuperação na segunda semana de junho, um avanço de 135% ante a semana anterior, representando o aumento de 37 mil toneladas na última semana. Foram enviadas ao exterior 64,49 mil toneladas nos nove primeiros dias úteis de junho e uma receita gerada de US$ 280,78 milhões.
A média diária ficou registrada em 7,17 mil/ton/dia, representando um avanço médio diário de 31% ante a semana anterior. Comparativamente ao mês anterior, houve uma desaceleração de 7,62%. Entretanto, se comparado ao mesmo período do ano passado a alta é de 18,89%.
Soja 
Os embarques de seguiram evoluindo na 2ª semana do mês de junho, a média diária em volume exportado cresceu 5% em comparação a 1ª semana, estabelecendo-se em 702,15 mil toneladas. Com mais 2 semanas pela frente até o fechamento do mês, o volume embarcado até o momento já representa 74% do que fora embarcado em junho/19, isso ressalta que poderemos ter mais um recorde mensal de embarques da oleaginosa.
A desvalorização do real trouxe valorização a soja no mercado físico brasileiro, voltando a ser negociada próxima dos R$ 107,00/sc nos portos brasileiros. Em Chicago, a soja fechou o dia com leve desvalorização, pressionada pela melhora do dólar frente as moedas mundiais, o vencimento para julho/20 encerrou a segunda-feira a US$ 8,69/bu. A semeadura da soja nos EUA caminha para os “finalmentes”, com 93% da área semeada e 72% em condições boas/excelentes.
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