A colheita de milho segunda safra 2019/20 no Paraná continua atrasada em relação ao mesmo período do ano passado e avançou somente um ponto percentual na semana até segunda-feira, para 3% da área estimada, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira.
Nesta época da temporada anterior, a colheita já havia sido realizada em 12% das áreas plantadas com o cereal no Estado.
Na última semana, o técnico do Deral Edmar Gervásio disse à Reuters que os trabalhos devem se intensificar somente a partir da segunda quinzena deste mês.
A qualidade atual das lavouras, afetada pela seca, também permanece significativamente abaixo do registrado um ano antes. De acordo com o levantamento, 43% das lavouras estão em boas condições, ante 42% na semana passada e 84% em 2018/19.
Foram diagnosticadas 40% das lavouras de milho safrinha em condições médias, mesmo patamar da semana anterior, versus 14 no ano passado.
Em condições ruins, o Deral classificou 17% das lavouras, contra 18% na semana passada e somente 2% neste período da safra anterior.
No fim de maio, o Paraná revisou para baixo a estimativa de produção de milho safrinha e espera colher 11,26 milhões de toneladas, cerca de 1 milhão de toneladas a menos que o projetado em abril.
Com a revisão, que contabiliza perdas resultantes da estiagem, a safra cairá 15% na comparação anual.
No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu também em 1 milhão de toneladas a projeção para a produção total de milho 2019/20, a 101 milhão de toneladas, conforme levantamento divulgado nesta terça-feira. Apesar da queda, o volume representa um recorde.
A segunda safra de milho do país foi estimada em 74,2 milhões de toneladas, versus 75,9 milhões na projeção de maio, mas ainda assim uma máxima histórica, considerando que houve um crescimento de área plantada de 6,6% de um ano para outro, que mais que compensou o problema climático. (Reuters)