O Federal Reserve finaliza sua reunião de política monetária nesta quarta-feira com as atenções passando de sua forte resposta à pandemia de coronavírus para planos ainda em desenvolvimento para fortalecer e alongar a recuperação econômica.
O relatório de emprego que mostrou criação de 2,5 milhões de vagas de trabalho em maio surpreendeu economistas com a velocidade com que as empresas começaram a recontratar trabalhadores dispensados em massa já que os esforços de contenção do vírus forçaram empresas a fechar e os consumidores a ficar em casa.
Embora seja uma forte de otimismo, autoridades do Fed têm sido unânimes em dizer que as estatísticas econômicas por enquanto são menos importantes do que o avanço na crise de saúde. A economia está oficialmente em recessão que começou em fevereiro, e as autoridades concordam que os riscos permanecerão altos até que esteja claro que uma segunda onda de infecções não forçará as pessoas a voltarem ao isolamento.
Mas em meio aos cerca de 20 milhões de empregos perdidos desde fevereiro, a uma economia que encolhe a um ritmo da época da Depressão e a quase 111 mil norte-americanos mortos, os mercados acionários voltaram para perto de máximas pré-crise e mercados de títulos que se estabilizaram com as ações do Fed estão financiando empresas em dificuldade.
A profundidade das perdas de empregos e a natureza histórica dos riscos ainda à frente devem fazer com que o Fed continue enfatizando sua promessa de política monetária frouxa por talvez anos à frente, dizem analistas.
As percepções do Fed sobre o futuro serão fornecidas nas projeções econômicas atualizadas a serem atualizadas pela primeira vez desde dezembro. As estimativas e o comunicado de política monetária serão divulgados às 15h (horário de Brasília), seguidos de entrevista à imprensa do chair do Fed, Jerome Powell. (Reuters)