O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, disse hoje que a retirada da vacinação contra a febre aftosa no Estado vai gerar uma economia de R$ 214 milhões ao ano aos produtores.
O cálculo, apresentado durante o evento Tá na Mesa, da Federasul, leva em conta custos das doses, logística de distribuição, mão de obra e a perda de peso dos animais por reação à vacina.
Conforme nota da secretaria de comunicação do governo gaúcho, Covatti Filho destacou na conversa com a Federasul o potencial de novos negócios com a retirada da vacina, já que alguns mercados assim exigem. “Em conversas com empresas do setor e com o governador, é possível que haja investimento de R$ 13 bilhões em novas plantas frigoríficas no Estado assim que a retirada da vacina se concretizar”, afirmou. Somente no segmento de suínos, a estimativa é de que haja um acréscimo de R$ 600 milhões ao ano nas exportações.
Segundo a nota, está sendo finalizada a adequação aos 18 apontamentos levantados pelo Ministério da Agricultura para avaliar as condições com o objetivo de ser retirada a vacinação. “Já cumprimos 12 desses apontamentos. Agora estamos trabalhando na contratação de 150 auxiliares administrativos para ampliar o quadro de pessoal e liberar os fiscais para a fiscalização. Também está em condução a aquisição de 100 veículos, sendo 72 deles pelo Estado e 28 pelo governo federal”, informou o secretário.
Na última etapa de vacinação, antecipada para março, 97,06% do rebanho gaúcho foi imunizado. Caso o Rio Grande do Sul consiga a evolução do status sanitário, esta será a última campanha de vacinação no Estado.
Expointer – Na conversa com a Federasul, Covatti Filho lembrou que a Expointer, está mantida para 29 de agosto a 6 de setembro. “Se tiver que ser adiada, será até o fim de setembro, porque em outubro já começa a safra de verão”, explicou. (AE)