Dólar se aproxima de R$ 5,20 e embarques da soja brasileiras devem começar a frear neste mês
Com uma menor competitividade devido ao recuo do dólar e com a menor oferta de grão no mercado, embarques de soja devem começar a reduzir a partir deste mês.

Milho 

A descida segue ganhando força no mercado interno brasileiro de milho, a cotação física do cereal já rompeu a resistência dos R$ 50,00/sc em São Paulo e deve acelerar sua trajetória de queda nas próximas semanas. O contrato com vencimento para julho/20 fechou a terça-feira cotado à R$ 44,29/sc, queda de 1,36% e o menor valor dos últimos 39 dias. A oferta vindoura está pressionando o mercado e com a demanda cambaleando, a cotação do cereal deve seguir em queda.

Nos EUA, as condições das lavouras norte-americanas vão dando o tom das negociações, já que mesmo com o enfraquecimento do dólar e a valorização do petróleo, a cotação do contrato do milho na CBOT para julho/20 avançou apenas 0,31%. As condições das plantações de milhos entraram no mês de janeiro com 74% delas em condições boas ou excelentes, e isso segura altas mais fortes do cereal.

Boi gordo 

Para o mercado de boi gordo as negociações iniciaram a semana lentas, com tendência de melhora no meio da semana. As cotações da arroba seguem estáveis, com valorizações pontuais em algumas praças que ainda demonstram dificuldade em adquirir boiada pronta para abate.

No atacado paulista de carne bovina, o fluxo de saída ainda está fraco, porém demandado para o resto da semana. As indicações também permanecem sem alterações, mas com tendências de alta no curtíssimo prazo, motivas pela maior demanda deste início de mês. Por enquanto, os preços se mantêm em R$ 12,90/kg.

Soja 

Com a atuação do Banco Central aliado a melhora no cenário internacional de reabertura econômica pós-coronavírus, o dólar se aproxima dos R$ 5,20 e busca o menor valor dos últimos 49 dias. Com isso, a soja brasileira tem encontrado dificuldades para permanecer acima dos R$ 107,00/sc no porto de Paranaguá, ainda que a oleaginosa brasileira continue amplamente demandada, o assentamento do dólar significará preços menores nos portos.

A notícia de que o governo chinês iria barrar as empresas estatais nas compras de soja dos EUA parece não ter passado de uma fagulha, já que há sinalizações de que os chineses continuam ativos no mercado. Com isso, o contrato corrente da oleaginosa na CBOT teve alta de 1,19% e fechou o dia a US$ 8,50/bu, a resistência continua na casa dos US$ 8,52/bu.

Agrifatto