Deral corta em mais 8% a estimativa de produção do milho 2ª safra no Paraná
O departamento já calcula uma quebra de 15% na produção estadual frente os números da safra passada, as regiões de Cascavel e Toledo acumularam perdas de mais de 34%.
Milho
Acompanhando a média dos últimos cinco anos, a colheita do milho 2ª safra em Mato Grosso atingiu 1,5% na última semana segundo o Imea, ainda restam mais de 32 milhões de toneladas a serem colhidas. No Paraná, a colheita do milho 2ª safra atingiu 2% da área, e o Deral divulgou uma nova estimativa com um corte de 8% na produção no comparativo com a última estimativa divulgada em abril/20, segundo o departamento serão 11,26 milhões de toneladas a serem colhidos no Paraná, a queda frente a safra passada é de 15%.
As cotações no mercado físico permaneceram estáveis, na B3 o contrato com vencimento para setembro/20 voltou a recuar, desta vez a queda foi de 0,81%, fechando a semana no valor de R$ 43,87/sc. Nos EUA, o milho na CBOT recuou 0,53% no contrato corrente, as vendas abaixo das estimativas do mercado decepcionaram, e fizeram o cereal voltar a cada dos US$ 3,25/bu.
Boi gordo
O mês de maio se encerrou com poucas novidades. A arroba do boi gordo se manteve praticamente estável, orbitando a faixa dos R$ 200,00, com negociações variando R$ 5,00 para cima ou para baixo. A estabilidade dos preços está principalmente relacionada a queda de braço entre o frigorífico e o produtor, que mantêm a boiada no pasto enquanto ainda há suporte de matéria-verde. Mas, junho chegou e a tendência é de piora na qualidade das forrageiras, e, com isso, a pressão negativa deve aumentar. Outro fator que está no radar são as renegociações das importadoras chinesas.
Enquanto aguardamos os desdobramentos no mercado spot de boi gordo, no atacado paulista o final da última semana trouxe bons frutos, as vendas foram boas e a carcaça casada bovina voltou aos R$ 12,90/kg com algumas negociações com R$ 0,20 acima.
Soja
Notícias negativas fecharam a semana para quem necessitava vender soja no mercado físico, o pronunciamento do presidente Donald Trump sobre as tensões EUA-China foi capaz de derrubar as cotações na CBOT e ao mesmo tempo desvalorizar o dólar no Brasil. Com isso as cotações da oleaginosa no Brasil devem iniciar esta segunda-feira pressionadas.
Nos EUA, o presidente norte-americano aumentou o tom das acusações contra a China e retirou o apoio a OMS, ainda que não tenha mencionado nada sobre a 1ª fase do acordo comercial assinado este ano, o mercado continua temoroso sobre a escalada das tensões entre os dois países. Com isso a soja viu seu contrato corrente perder 0,7% em seu valor e encerrar a semana em US$ 8,41/bu.
Agrifatto