Mais de 3 mil funcionários de frigoríficos dos Estados Unidos testaram positivo para Covid-19 e ao menos 44 deles morreram, disse nesta quinta-feira o maior sindicato de trabalhadores do setor do país.

Empresas como Tyson Foods, Smithfield Foods e JBS USA fecharam temporariamente cerca de 20 unidades de processamento no mês passado, à medida que funcionários adoeciam por causa do novo coronavírus, o que levou à escassez de alguns produtos nos mercados locais.

O United Food and Commercial Workers International pediu que as companhias e o governo do presidente Donald Trump façam mais para proteger os trabalhadores da doença. O sindicato reportou 35 mortes em frigoríficos até 12 de maio.

Em 28 de abril, Trump ordenou que as fábricas de carnes permanecessem abertas para proteger a cadeia de suprimento de alimentos norte-americana, apesar das preocupações com surtos do coronavírus. A produção segue aquém do normal, devido à crescente ausência de funcionários e às medidas de distanciamento social entre trabalhadores.

“Muitos trabalhadores estão sendo mandados de volta para as plantas de processamento de carnes sem que as proteções adequadas tenham sido aplicadas, provocando mais surtos nas fábricas e em nossas comunidades”, disse Nick Nemec, agricultor na Dakota do Sul, que faz parte de um grupo que trabalha em conjunto com o sindicato.

Uma autoridade estadual do Iowa afirmou nesta quinta-feira que 555 funcionários de uma unidade de carne suína da Tyson Foods em Storm Lake testaram positivo para o novo coronavírus, o que representa cerca de 22% da mão de obra da instalação.

A Tyson Foods disse que está trabalhando com autoridades de saúde locais e conduzindo testagem em grande escala em Storm Lake. A empresa implementou medidas de segurança para proteção de trabalhadores, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e a instalação de barreiras físicas nos refeitórios. (Reuters)