Tensões EUA-CHINA ganham novo capítulo com o país asiático interferindo mais em Hong Kong
A escalada na troca de acusações entre EUA e a China está cada vez maior, e, com isso o acordo comercial parece cada vez mais ameaçado, com isso a soja na CBOT não consegue imprimir avanços.

Milho 

Seguindo o mercado externo e o fortalecimento do dólar, o milho na B3 voltou a registrar valorização. O contrato com vencimento para setembro/20 encerrou a quinta-feira cotado à R$ 44,44/sc, alta de 2,14% no comparativo diário. Em Mato Grosso o milho no mercado físico rompeu a barreira dos R$ 36,50/sc, com a colheita se intensificando. Ainda assim, restam mais de 30 milhões de toneladas a serem colhidos no Estado e a tal oferta deve entrar com tudo no mercado nas próximas semanas.

O milho na CBOT avançou 2,18% no contrato com vencimento para julho/20, voltando a ser cotado próximo dos US$ 3,28/bu. O suporte veio da produção de etanol no país, que continua avançando e bateu a casa dos 700 mil barris/dia, melhor marca desde o fim de março. A reabertura econômica nos EUA parece promissora para o consumo de combustível, ainda assim, o mercado permanece atento a essa volta gradual da maior economia do mundo.

Boi gordo 

A retração da procura pelas principais proteínas animais no mercado atacadista de São Paulo foi evidente na última semana deste mês, período sazonal de menor vendas. Até aquelas que costumeiramente demonstram maior fluxo de saída – como é o caso da carne de suínos e aves -, desaceleraram nos últimos dias. Apesar disso, a carcaça casada bovina se manteve nos patamares de R$ 12,80/kg.

Para o mercado de boi gordo, as exportadoras que enviam carne bovina à China começam a relatar pedidos de renegociação de mercadorias. O que pode refletir em um menor volume enviado ao exterior entre maio e junho. Outro ponto que deve começar destaque também, cenário que pode coincidir com a chegada dos bois que ainda estão retidos nos pastos, podendo atingir as indicações da arroba.

Soja 

Seguindo a valorização de 1,30% no dólar, a soja caminhou com alta ontem. O mercado físico voltou novamente a ativar o campo positivo com o fortalecimento da divisa norte-americana frente ao real. O prêmio que bateu a máxima dos US$ 1,10/bu, recuou para a casa dos US$ 1,02/bu.

Nos EUA, as tensões com a China seguem preocupando o mercado da oleaginosa, as relações diplomáticas entre os dois países parecem cada vez mais estremecidas com o caso Hong Kong ganhando maiores proporções. A soja fechou a quinta-feira com queda de 0,18% no contrato com vencimento para julho/20, ficando cotada à US$ 8,47/bu.