Frigorífico é interditado em Rondônia e acende alerta para pecuária brasileira
O fechamento liga o sinal de alerta para o Brasil, já que situação parecida ocorreu nos EUA e trouxe consequências a pecuária norte-americana.
Milho
Mais um dia em que o cereal trabalhou em campo negativo nas cotações na B3, o vencimento para julho/20 fechou o dia a R$ 44,85/sc, queda de 1,60% no comparativo diário. Este é o menor preço de fechamento desde o dia 24/04/2020, quando a preocupação sobre as chuvas no país cresceu e respectivamente o impacto da falta delas sobre a produção da 2ª safra deu as caras no mercado.
Nos EUA, o mercado de milho permanece calmo, a variação do contrato com vencimento para julho/20 foi de 0,47%, com o cereal dos EUA ficando cotado à US$ 3,20/bu. A queda de 6% no preço do petróleo freou maiores valorizações do milho norte-americano. Vale ressaltar que, com a valorização recente do real o milho dos EUA está cerca de 5% mais barato que o brasileiro, e se o dólar vier a R$ 5,00, essa diferença pode chegar a 10%. O que remete a atenção as metas de exportação de milho brasileiro para este ano.
Boi gordo
Como observado desde o início desta semana, o atacado paulista trabalha em ambiente especulativo e de indefinição. Duas possibilidades começam a entrar no radar: o início do mês pode aquecer as vendas e a reabertura com restrições de shoppings/comércio em São Paulo a partir desta segunda-feira (01/jun).
No mercado de boi gordo as novidades também são poucas, mesmo com a demanda doméstica enfraquecida, o cenário é de calmaria dos preços no curto prazo. Enquanto isso, com relação aos avanços da pandemia em território nacional, a unidade frigorífica da JBS em São Miguel do Guaporé (RO) foi interditada pela justiça após a contaminação de coronavírus entre os trabalhadores. Segundo fontes, mais de 25 funcionários da planta já foram diagnosticados com Covid-19 e aproximadamente 40 estão com sintomas.
Soja
A soja diminuiu sua intensidade de queda na quarta-feira mesmo com o dólar recuando 1,20% no comparativo diário. A oleaginosa rompeu a barreira dos R$ 106,00/sc e já é negociada abaixo deste valor nos portos brasileiros. A desvalorização só não é mais intensa devido ao prêmio nos portos que já subiu 29% nos últimos dias.
A resistência da soja norte-americana segue nos US$ 8,50/bu nos contratos mais próximos, com a demanda derrapando e os chineses intensificando compras no Brasil em meio as tensões EUA-China afloradas, a soja nos EUA deve continuar sofrendo para registrar qualquer valorização.