A China vai fortalecer sua política econômica e continuará com os esforços para reduzir os juros de empréstimos, disse o presidente do banco central, Yi Gang, reforçando as expectativas de mais medidas de apoio para reanimar a economia afetada pela pandemia de coronavírus.

Yi, em entrevista publicada pelo banco central nesta terça-feira, disse que os fundamentos econômicos da China não mudaram apesar das muitas incertezas e reiterou que sua postura atual sobre a política monetária será mais flexível.

O Banco do Povo da China usará várias ferramentas de política monetária para manter a liquidez suficiente, e manterá a taxa de crescimento de oferta de dinheiro M2 e o financiamento social significativamente mais altos do que no ano passado, completou Yi.

Desde o surto do vírus, as medidas do banco central, incluindo cortes na taxa de compulsório, reempréstimos e instrumentos de redesconto, alcançaram 5,9 trilhões de iuanes (827,63 bilhões de dólares), disse ele.

O banco central informou na segunda-feira que havia cortado o compulsório de bancos grandes para 11%.

A economia da China encolheu 6,8% no primeiro trimestre, primeira contração trimestral em décadas, devido aos impactos do coronavírus, e analistas dizem que pode levar meses para que a atividade volte aos níveis pré-crise.

A China ajudará os bancos, especialmente os de porte pequeno e médio, a reabastecer o capital através de vários canais, além de ajudar a melhorar sua capacidade de lidar com a inadimplência, acrescentou.

O banco central vai ainda aprofundar a reforma da taxa primária de empréstimo (LPR), a taxa de empréstimo referencial, para ajudar a reduzir os juros reais de empréstimo, e também vai unificar a taxa de depósito referencial, as taxas de empréstimo e as taxas de juros do mercado, disse ele. (Reuters)