Milho 

O clima continua a preocupar o mercado quando o assunto é a 2ª safra de milho no Brasil, a falta de chuvas no estado do Paraná, que já enfrenta a maior estiagem da história (desde 1997), consolida uma quebra produtiva na região e com isso o mercado futuro precificou uma produção ainda menor de cereal. O contrato futuro com vencimento para setembro/20 na B3 fechou o dia com alta de 1,65%, cotado à R$ 45,55/sc.

A notícia do dia nos EUA, foi o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciando um pacote de ajuda para agricultores e pecuaristas dos EUA que chegaria ao valor de US$ 16 bilhões. Na CBOT, o contrato com vencimento para julho/20 variou 0,16% positivamente, fechando o dia cotado a US$ 3,21/bu, a melhora nas vendas para a China dá apoio as cotações do cereal norte-americano.

Boi gordo 

A fim de aumentar o isolamento social na capital paulista, o prefeito da cidade, Bruno Covas, sancionou o decreto que antecipa os feriados municipais Corpus Christi (11/jun) e Consciência Negra (20/nov) para esta quarta-feira (20/mai) e quinta (21/mai), respectivamente. O governador do estado, João Doria, enviou um projeto para antecipação do feriado de 9/jul, que deve ser votado nesta quinta-feira (21/mai).

Notícia que desestabilizou o mercado, e deixou os participantes cautelosos sobre os próximos movimentos. Com isso, o comportamento das vendas tanto no atacado quanto no varejo de carne bovina é incerto, mas por se tratar da segunda quinzena do mês, poucas expectativas já eram colocadas nestas datas. Fato confirmado é que muitas entregas foram canceladas ou adiadas até próxima semana.

As operações na B3 continuaram normalmente, com os feriados mantidos em suas datas originais.

Soja 

A estabilização do dólar na casa dos R$ 5,75 aliado ao recuo dos vencimentos na CBOT à US$ 8,43/bu, pressionou a cotação da oleaginosa no Brasil que voltou ao patamar de R$ 111,00/sc nos portos brasileiros. Apesar de grande, o apetite chinês já dá leves sinais de arrefecimento, podendo sinalizar uma troca do mercado brasileiro pelo norte-americano.

Nos EUA, as expectativas continuam de que os chineses voltem fortes as compras da oleaginosa, no entanto, as vendas da soja ainda são tímidas. O acordo comercial firmado entre os dois países parece estremecer diante das atuais acusações do presidente norte americano contra o país asiático.

Agrifatto