Os preços no varejo passaram a cair e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) ficou praticamente estável na segunda prévia de maio, registrando variação positiva de 0,01% depois de ter subido 1,0% no mesmo período do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

Os dados mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, reduziu a alta a 0,18%, contra avanço de 1,36% na segunda prévia de abril.

Dentro do IPA, o grupo Bens Finais aprofundou a queda a 0,33% na segunda leitura de maio, ante variação negativa de 0,02% no mês anterior, depois que os preços dos alimentos in natura passaram de alta de 8,18% para perda de 0,90%.

Para o consumidor a pressão diminuiu em maio, já que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, passou a cair 0,59% no período, contra alta de 0,28% no mês anterior.

A principal colaboração para esse resultado veio do grupo Transportes, que aprofundou a queda de 1,04% para 2,74% em maio diante do recuo de 8,93% nos preços da gasolina.

“A queda de braço entre os preços dos alimentos e dos combustíveis segue influenciando o resultado do IGP”, disse em nota André Braz, coordenador dos índices de Preços da FGV. “Os aumentos autorizados nas refinarias devem contribuir para aceleração do IGP-M até o final do mês”, completou.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,21% na segunda prévia de maio, depois de alta de 0,22% em abril.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)