Os dados mais importantes para a economia dos Estados Unidos no momento são as “métricas médicas” sobre a pandemia de coronavírus, disse o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, no domingo à noite, destacando a provável necessidade de mais três a seis meses de ajuda financeira do governo para empresas e famílias.
Em entrevista ao programa da CBS “60 Minutes”, Powell repetidamente falou sobre as questões de saúde como determinantes para o sucesso da reabertura econômica dos EUA, pedindo aos norte-americanos que “ajudem uns aos outros durante isso” aderindo ao distanciamento social conforme Estados e governos locais começam a relaxas as restrições sobre atividades sociais e econômicas.
“Se formos ponderados e cuidadosos sobre como reabrimos a economia, para que as pessoas adotem essas medidas de distanciamento social e tentem fazxer o que pudermos para não termos outro surto…, então a recuperação poderá começar em breve”, disse Powell.
Conforme o Congresso debate a possibilidade de mais alívio econômico, Powell foi além dos limites dos típicos comentários do banco central, pedindo diretamente mais gastos fiscais. Na entrevista de domingo, ele chegou a pedir às pessoas que lavem as mãos e usem máscaras para ajudar na recuperação.
Na melhor das circunstâncias, será um longo caminho a percorrer, disse Powell, com perdas adicionais de emprego provavelmente até junho, uma recuperação que levará tempo para ganhar força e algumas partes da economia como viagens e entretenimento possivelmente sob pressão até que haja uma vacina.
Powell disse que o desemprego pode atingir 25% antes de começar a cair, e Produto Interno Bruto pode contrair a uma taxa anualizada de talvez 20% entre abril e junho.
“Assumindo que não haja uma segunda onda do coronavírus, Acho que veremos a economia se recuperar durante o segundo semestre do ano”, disse ele. “Para a economia se recuperar totalmente as pessoas terão que ter total confiança e isso pode ter que esperar a chegada da vacina”.
Enquanto isso, disse ele, o Fed e o Congresso podem precisar fazer mais para garantir que as pessoas consigam pagar suas contas. (Reuters)