Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira, depois de a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) projetar estoques globais menores na segunda metade de 2020, embora persistam os temores de que uma segunda onda de infecções pelo coronavírus possa ocorrer nos próximos meses.

As cotações da commodity avançaram nas últimas duas semanas, à medida que alguns países flexibilizam as restrições ligadas ao coronavírus, passando a permitir que fábricas e lojas reabram.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 1,94 dólar, ou 6,7%, a 31,13 dólares por barril.

Já os futuros do petróleo dos Estados Unidos (WTI) avançaram 2,27 dólares, ou 9%, para 27,56 dólares o barril.

O mercado se recuperou das perdas registradas na véspera, motivadas por uma previsão econômica sombria do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, que alertou para um “extenso período” de fraco crescimento. Isso ofuscou uma inesperada queda nos estoques norte-americanos de petróleo.

Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA totalizaram, em nível ajustado sazonalmente, 2,98 milhões na semana até 9 de maio, disse o Departamento do Trabalho norte-americano nesta quinta-feira. Embora represente uma queda em relação à semana anterior (3,18 milhões), o número continua assustadoramente alto.

“A demanda por gasolina se correlaciona muito bem com o nível de emprego, e é difícil ver a demanda por gasolina tendo uma retomada muito maior do que a que já teve”, afirmou John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York.

Os estoques de petróleo dos EUA, ainda assim, recuaram pela primeira vez em 15 semanas, disse a Administração de Informação sobre Energia (AIE) na quarta-feira, com uma queda de 745 mil barris na semana até 8 de maio —agora, o total acumulado é de 531,5 milhões de barris. (Reuters)